Flávio é um fator importante na escolha que o pai fará. Foto: Reprodução.

O presidente Jair Bolsonaro deve indicar André Mendonça (atual advogado-geral da União) ou Humberto Martins (presidente do STJ) para a vaga do decano Marco Aurélio no Supremo Tribunal Federal.

Quem disse isso foi o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, ao jornal O Globo nesta sexta-feira (23).

Flávio é um fator importante na escolha e não tem por Mendonça a mesma simpatia que a madrasta, Michele. A primeira-dama faz suas orações com o AGU ao menos duas vezes por semana no Alvorada e tem defendido sua nomeação, segundo o jornal O Globo.

Mas a vontade dos Bolsonaro não é o único vetor agindo sobre essa escolha. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as omissões do governo no combate à epidemia da Covid-19, por exemplo, poderá levar a uma imposição do Senado.

Depois de ter falhado nas tentativas de barrar a abertura da Comissão e de impedir a nomeação de Renan Calheiros para a relatoria, Bolsonaro agora vem tentando se aproximar do parlamentar.

Nos bastidores, o que se avalia é que Bolsonaro poderia nomear Humberto Martins, conterrâneo de Renan e com mais trânsito no Senado do que Mendonça, para fazer um aceno ao relator da CPI.

Com a bola no campo do Senado, também ganha força um nome que corre por fora, o do deputado Marcos Pereira, que, além de pastor evangélico, é mestre em Direito Constitucional pelo IDP, com uma tese baseada nos levantamentos do Anuário da Justiça sobre a inconstitucionalidade das leis brasileiras.

Outro nome importante é do ministro do STJ, Luís Felipe Salomão, que tem no Senado e no Judiciário apoio sólido de suas lideranças.

Aos olhos do Senado, Augusto Aras também é bem visto – mas Bolsonaro já teria decidido que o PGR tem vaga garantida apenas se o presidente for reeleito.

O ministro Marco Aurélio anunciou sua aposentadoria no STF para 5 de julho. Antes dele, Celso de Mello deixou a Corte também por ter atingido o limite máximo de idade e foi substituído por Kassio Nunes Marques, que até então era desembargador no Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Fonte: site ConJur.