Temas prioritários: financiamento da educação; currículo e implantação do período integral no ensino médio; educação de jovens e adultos; e formação de professores. Imagem: Consed.

Entidades que reúnem secretários de Educação estaduais e municipais pediram o envolvimento de deputados e senadores nos temas considerados prioritários para o setor, como o ensino híbrido e o financiamento.

Essas prioridades estão reunidas na Agenda da Aprendizagem 2021-2022, apresentada às comissões de Educação da Câmara dos Deputados e do Senado em audiência pública na sexta-feira (16).

O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Vitor de Ângelo, disse ser fundamental o empenho de todas as esferas. “Os desafios da educação, que já não eram poucos, agora se avolumaram ainda mais em razão da pandemia”, destacou.

A presidente da Comissão de Educação, deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), disse que vai mobilizar as subcomissões para inserir os parlamentares no debate da Agenda da Aprendizagem. “A nossa ideia é que possamos ter vários deputados e deputadas envolvidos com cada um dos temas, para que nós possamos juntar nossa agenda legislativa para dar condição para o trabalho acontecer”, afirmou.

Novas tecnologias
Foi a pandemia que tornou o ensino híbrido, que já era discutido entre os secretários, uma das prioridades. O vice-presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Marcelo Ferreira da Costa, afirmou que o ensino híbrido pode ser uma ferramenta para o ensino integral, por exemplo.

“O ensino híbrido não vai ser apenas no momento da pandemia, mas uma realidade da educação e uma oportunidade de ampliar os tempos escolares com essas estratégias que foram incorporadas agora”, afirmou.

Marcelo Ferreira da Costa defendeu a criação de novas metodologias discutidas por educadores sem que a tecnologia seja usada para “requentar” as metodologias atuais.

Os representantes dos secretários estaduais e municipais também destacaram que é necessário investir na capacitação de professores e na redução das barreiras de acesso à internet dos alunos.

O objetivo, segundo Vitor de Ângelo, é o desenvolvimento de tecnologias e plataformas digitais que possam ser exploradas não apenas no período de medidas sanitárias.

Outros temas prioritários da Agenda da Aprendizagem são o financiamento da educação – com definição de boas práticas e acompanhamento dos indicadores do novo Fundeb; o currículo e a implantação do período integral no ensino médio; a educação de jovens e adultos; e a formação de professores.

Governo federal
O secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Mauro Luiz Rabelo, afirmou que as ações do governo federal estão em consonância com a Agenda de Aprendizagem apresentada pelos secretários.

Fonte: Agência Câmara de Notícias.