“Será uma ação de solidariedade com um alcance inimaginável”, disse o vereador Guilherme Sampaio, autor de uma das propostas. Foto: CMFor.

Passadas mais de duas semanas desde que foram sugeridas, durante sessão extraordinária, as propostas que versam sobre a doação voluntária de alimentos durante a vacinação contra a Covid-19, ainda não foram votadas pelos vereadores da Câmara Municipal de Fortaleza.

As matérias foram discutidas e aprovadas na Comissão de Constituição e Justiça na quinta-feira (22) e podem entrar na pauta de votação da próxima semana.

As medidas são de vital importância para o momento pelo qual passa milhares de famílias no Município e foram apresentadas pelos vereadores Guilherme Sampaio (PT) e Júlio Brizzi (PDT) como algo inovador, já que as doações seriam feitas de forma voluntária durante o ato de vacinação.

Por serem matérias com o mesmo teor, a CCJ fez a junção dos projetos em um só, que foi aprovado pelo colegiado. Caso siga para votação em sessão extra na próxima semana e aprovado, o texto segue para sanção ou veto do prefeito Sarto.

Os autores das matérias, porém, já afirmaram que entraram em contato com entidades públicas e privadas que demonstraram interesse em participar da campanha.

“Será uma ação de solidariedade com um alcance inimaginável. Se fizermos contato com o sentimento de gratidão de todas aquelas milhares de pessoas que publicam fotos nas redes sociais depois de presenciarem seus familiares tomarem a vacina, ou registrando eles próprios sendo imunizados, tenho absoluta certeza de que será muito natural transformar esse sentimento de alívio, de alegria, numa ação concreta de solidariedade”, disse o vereador Guilherme Sampaio.

Entenda

O Projeto de Lei de autoria do vereador Júlio Brizzi (PDT), institui a campanha de incentivo à doação de alimentos no período de calamidade pública decorrente da pandemia pela Covid-19. O parlamentar sugere a criação do selo chamado “Selo Voluntário Pela Vida”, a ser concedido à pessoa que, no ato de sua imunização, doar pelo menos 1 kg de alimento não perecível. Os alimentos e mantimentos arrecadados pela campanha serão preferencialmente distribuídos para entidades e abrigos que atendem pessoas em vulnerabilidade social ou em situação de rua.

O projeto de Guilherme Sampaio (PT) dispõe sobre a criação do Programa Vacina Solidária. Ele trata sobre a divulgação e estímulo à doação espontânea de alimentos não perecíveis pela população, durante o serviço de vacinação contra Covid-19, com destinação aos cidadãos de baixa renda.

A matéria indica ainda a montagem de pontos fixos de arrecadação no entorno dos postos de vacinação e o funcionamento de outros locais de recolhimento para a população em geral, independente de vinculação com o programa de vacinação.