Para Bruno Araújo, Tasso é o nome que pode reunir os partidos ideologicamente de centro. Foto: PSDB.

O senador Tasso Jereissati (PSDB/CE) é um nome que ganha força dentro do PSDB para a disputa pela presidência, em 2022. A afirmação é do presidente nacional do partido, Bruno Araújo, em entrevista ao jornal O Globo.

Enquanto uma eventual candidatura de João Dória (governador de SP) não agrada a algumas alas do partido, e Eduardo Leite (governador do RS) é visto como inexperiente, o ex-governador do Ceará tem se mostrado um nome capaz de unir o partido, que busca reunir forças políticas de ideologicamente de centro, pensando em 2022.

Para o presidente nacional da sigla, uma união das lideranças de centro para contrapor Bolsonaro e Lula perpassa por Ciro Gomes. “É fundamental a participação do Ciro Gomes. Aliás, (a visão econômica) não pode ser tão distinta porque a introdução de Ciro Gomes na sucessão ao governo do Ceará (em 1991), quando era tucano, se deu pela liderança do então governador Tasso Jereissati”, lembrou Bruno.

A partir desta articulação é que Bruno Araújo vê o fortalecimento de Tasso.

“Dentro do PSDB, depois da própria provocação do Eduardo Jorge (ex-presidenciável do PV fez uma publicação sugerindo a candidatura de Tasso), começa um movimento muito forte de incentivo ao nome do senador Tasso Jereissati. Recentemente se intensificaram movimentos no sentido de convencê-lo a aceitar colocar o seu nome. Claro que é um nome que enriquece muito o processo político nacional e transcende de forma definitiva o PSDB”, afirmou Araújo, completando que deve ser respeitada a vontade do senador. “Fica aqui um convite público, para que ele aceite esse chamamento”, concluiu.

CPI da Covid

Araújo volta a citar Tasso Jereissati quando questionado sobre o papel do PSDB na CPI da Covid. “Foi indicado pelo PSDB um dos homens públicos mais respeitados e mais experientes da República, o senador Tasso Jereissati. Será uma apuração com responsabilidade. Mais do que buscar culpados, precisamos apontar caminhos para essa grave crise de saúde e econômica que nós temos”, acrescenta.