Tasso, Cid e Girão têm entendimentos diferentes sobre a questão. Fotos: Agência Senado.

A bandeira levantada pelo senador Eduardo Girão (Podemos) para conseguir as assinaturas necessárias e instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue os Estados e Municípios no combate à Covid-19, tem gerado divergências na bancada cearense no Senado.

Girão afirma ter conseguido 33 assinaturas para ampliar a investigação e defende que uma CPI da Covid direcionada apenas para o Governo Federal funcionaria como perseguição pessoal ao presidente Bolsonaro.

Diante da articulação do colega, Cid Gomes (PDT) criticou em sua rede social a proposta: “CPI não é brincadeira. Há uma comissão para ser instalada, inclusive com determinação do STF”.

Segundo o ex-governador, a mudança de foco serviria para gerar confusão. “Tentar ampliar sem limites o objeto da Comissão de Inquérito, como na CPI do fim do mundo ou criar outra serve para desviar do fato principal e gerar confusão. Estamos atentos. CPI já!”, defendeu.

Enquanto isso, segundo o jornal O Globo, o Tasso Jereissati (PSDB) é o nome preferido do partido para integrar a titularidade da CPI da Covid cuja instalação foi determinada pelo ministro Luís Roberto Barroso.

Crítico árduo da postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia, a presença de Tasso na Comissão tem como principal empecilho a dificuldade dele estar fisicamente presente às sessões, devido pertencer ao grupo de risco do coronavírus.