Vereadores durante sessão extraordinária desta quarta-feira (31). Foto: Reprodução/Câmara Municipal de Fortaleza.

Nesta quarta-feira (31), durante sessão extraordinária virtual da Câmara Municipal de Fortaleza, vereadores lembraram do período do Regime Militar brasileiro (1964-1985), completando hoje 57 anos em que os militares tomaram o comando do Poder Executivo nacional.

Larissa Gaspar (PT) disse relembrar com tristeza do “golpe militar”. Ela também criticou os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que “comemoram” a data. “Foi um período nefasto da nossa história. Diversos crimes foram cometidos, como assassinatos, estupros, sequestros e desaparecimentos políticos. Nós precisamos virar esta página cruel de nossa história”, disse. Ela também rememorou uma fala de Bolsonaro, na qual disse que o Regime Militar tivesse “errado em apenas torturar pessoas e não matá-las”.

Gabriel Aguiar (PSOL) classificou a época como trágica, tensa e violenta, que mancha a democracia e a história brasileira. O socialista relatou que seu pai, quando estudante de Administração na Universidade Federal do Ceará (UFC), foi preso e perseguido pelos militares. “Foi em 1970. Ele passou dez meses em privação de liberdade e foi torturado. Foi um período muito triste e violento vivido por meu pai. Tempos depois, ele foi solto e segue seu trabalho junto de famílias do campo”, conta.

Ao fazer a lembrança do dia, Aguiar diz que é um exemplo a se recordar, para não seguir o mesmo caminho e não construir uma ideia repetida.

O presidente da Casa, Antônio Henrique (PDT), prestou solidariedade ao pai do vereador e fez preces para não se repetir um novo Regime Militar no Brasil.