Enfermeira Ana Paula é do mesmo partido do prefeito. Foto: CMFor.

A vereadora Enfermeira Ana Paula (PDT) informou ao Blog do Edison Silva que se posicionará contrária ao projeto de Lei Complementar do prefeito Sarto que versa sobre a Reforma da Previdência dos servidores de Fortaleza.

No mês passado, depois de discussão sobre proposta de Emenda à Lei Orgânica, a parlamentar deu entrada em Mandado de Segurança que trancou todo o processo de tramitação do projeto.

Apesar dos posicionamentos contrários da Enfermeira Ana Paula à matéria oriunda do Poder Executivo, comandado por um gestor do PDT, ela não deve sofrer qualquer sanção. Isso porque, de acordo com o líder do partido na Câmara Municipal de Fortaleza, o vereador Júlio Brizzi, todo o processo de enfrentamento foi pacificado após acordo entre parlamentares e servidores.

Ao Blog do Edison Silva, Ana Paula afirmou que votará contra a proposta de Reforma da Previdência, caso ela seja idêntica à minuta apresentada pelo Governo aos sindicatos de Fortaleza. Segundo a vereadora, o texto apresentado chega a ser mais danoso aos servidores públicos do que aquele aprovado em 2019 pelo Congresso Nacional.

A parlamentar disse ainda que quando foi convidada pelo ex-prefeito Roberto Cláudio para ingressar no PDT, ele já conhecia seu histórico à frente de movimentos sindicais. Ana Paula, inclusive, é casada com o ex-vereador Márcio Cruz, que também preside sindicato na Capital cearense.

“Minha relação é com o ex-prefeito Roberto Cláudio, mas pactuo muita coisa com o líder Júlio Brizzi e com o vereador Lúcio Bruno [líder do Governo]. Eles têm tido boa aceitabilidade do meu posicionamento, me respeitam. Não tiro a razão do gestor da necessidade de fazer essa Reforma, mas existem pontos que estão sendo colocados e não são obrigatórios dentro da Emenda 103, de 2019”, disse a vereadora.

O líder do partido na Casa, o vereador Júlio Brizzi, afirmou que o atrito envolvendo Ana Paula e a base governista, quando da discussão de Emenda à Lei Orgânica são “águas passadas”. Ele recordou, inclusive, que o PDT votou unido na nova proposta encaminhada pelo prefeito Sarto. “O PDT articulou, atendeu os pleitos dos sindicatos e está pacificado, foi um acordo amplo”, disse.

Sobre o projeto de Lei Complementar, ainda a ser encaminhado pelo prefeito Sarto, somente após o período de lockdown vigente na cidade, Brizzi disse que não há um posicionamento fechado, já que a Casa não recebeu a proposta. Sobre a minuta já em posse dos servidores, ele afirmou que o texto final pode ser modificado, com sugestões dos trabalhadores e dos vereadores.