Eduardo Girão e Capitão Wagner são aliados desde o pleito de 2018. Foto: Divulgação.

Em entrevista ao Blog do Edison Silva, o senador Eduardo Girão (Podemos) defendeu a unidade da oposição para enfrentar o que ele definiu como “grupo político oligárquico” no comando do Governo do Estado.

Na avaliação do parlamentar, o deputado federal Capitão Wagner (PROS) seria o nome credenciado, a preço de hoje, na bancada oposicionista para a disputa majoritária do próximo ano.

Segundo o senador, no Ceará existe um grupo político oligárquico que reúne dezenas de partidos que vem se mantendo unidos “apenas pelo poder ao longo de muitos anos”. De acordo com Girão, as eleições de 2020 demonstraram sinais de desgaste da base governista em função de “práticas políticas nem sempre republicanas”.

“A democracia tem alguns defeitos mas uma de suas maiores qualidades é permitir a saudável alternância de poder. Então esse é o papel histórico a ser assumido com muita responsabilidade pela oposição”, destacou. De acordo com Girão, o momento é difícil para a população cearense em função da saúde pública, mas também pela crise econômica e de segurança “que desde o início do atual governo estadual está sem controle e, agora, agravada mais ainda pelo lockdown”.

A oposição tem o dever de trabalhar pela unidade. Diferenças ideológicas são muito saudáveis quando se reúnem pessoas com diferentes visões de mundo mas com os mesmos ideais elevados, dirigidos ao bem de todos. Essa unidade não deve existir apenas com fins eleitorais mas com o propósito de construir um programa de governo consistente que devolva esperança ao povo”, defendeu.

Para Girão, um dos nomes mais fortes na oposição, que vem demonstrando ao longo de sua carreira política valores que o credenciam para a missão de se candidatar ao cargo de governador o Estado, é o deputado federal Capitão Wagner. Segundo afirmou, o Podemos não deseja o protagonismo na discussão interna sobre nomes. “Estamos dispostos a somar, ajudar, a servir da melhor forma possível, para devolver ao Ceará a condição de ser efetivamente reconhecida como a Terra da Luz”.

O senador defende, porém, que o primeiro passo visando o pleito do próximo ano seja a reunião de pessoas comprometidas com o desenvolvimento social e econômico do Estado e com a ruptura do que ele define como “política oligárquica do toma lá, dá cá”.

Em sua avaliação, dessa reunião emergirão nomes que tenham sabedoria e talento para liderar um projeto com “missão de quebrar paradigmas, porque a sociedade está cansada de trocar seis por meia dúzia”.