Girão disse que o STF “favoreceu a impunidade” no Brasil. Foto: Agência Senado.

O senador Eduardo Girão (Podemos) criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) ao declarar a suspeição do ex-juiz federal Sergio Moro em relação ao julgamento que condenou o ex-presidente Lula.

A maioria da Segunda Turma do STF considerou Moro parcial no processo que envolvia o petista e um apartamento/tríplex em Guarujá (SP), em julgamento realizado na última terça-feira (23).

Girão afirmou que Moro é um dos “heróis do país”. Ele disse que a decisão do STF é “esdrúxula” e que o país está vivendo uma situação muito grave e delicada. Para o senador, “o conceito ético do povo brasileiro é diferente” do conceito utilizado nas decisões dos Supremo Tribunal Federal.

“O STF desfaz o sonho de que a justiça no Brasil finalmente começava a ser para todos. Mas nós não vamos desistir desse sonho, vamos insistir no fim do foro privilegiado, que o Congresso tem que votar, e a questão da prisão em segunda instância, que precisa retornar”, disse .

O parlamentar defendeu a instalação da “CPI da Lava-Toga” para investigar decisões de tribunais superiores. Além disso, ele argumentou que a mudança precisa começar no Parlamento.

“O Senado tem sido omisso e conivente quando não analisa pedidos de impeachment de alguns ministros [do STF] que têm indícios para serem avaliados. Há décadas [esses pedidos de impeachment] são sistematicamente engavetados de forma monocrática pelo presidente do Senado”, finalizou o cearense.

Com informações da Agência Senado.