Para Domingos, cenário nacional pode influenciar na disputa local. Foto: Divulgação.

Uma das principais forças políticas no Ceará, o PSD quer discutir nomes para a disputa majoritária no próximo ano, quando se encerrará o mandato do governador Camilo Santana (PT).

De acordo com o presidente da agremiação, Domingos Filho, a questão da disputa eleitoral de 2022 deve estar atrelada ao cenário nacional, que poderá influenciar diretamente nas escolhas locais.

“O partido político que não tiver projeto majoritário não é um partido político, é apenas um aglomerado de pessoas”, disse o dirigente quando questionado sobre as pretensões da legenda para o pleito do próximo ano. Segundo ele, porém, os nomes só serão avaliados em momento posterior com a participação das principais lideranças do grupo de partidos aliados no Estado.

“Cada partido, no momento adequado, terá que tratar sobre esses temas. Mas também precisam cuidar da questão da pandemia. No momento certo, cada qual vai colocar os nomes à disposição de acordo com as forças políticas e naquilo que for razoavelmente adequado”, afirmou.

Ele lembrou que no pleito de 2014, quando os nomes majoritários apontados para a disputa eram do PROS, o candidato escolhido foi Camilo Santana, do Partido dos Trabalhadores (PT). “Isso está vinculado a um projeto nacional de momento. Nós estamos dentro de um campo e é razoável as ponderações feitas pelo PDT e demais partidos. Quem está dentro desse campo vai avaliar o melhor nome”, disse.

Ainda de acordo com Domingos, além dos nomes em questão para as devidas vagas, é preciso saber também que partidos estarão aliados à base governista. “O PP vai estar com a gente? O DEM? O MDB? Os partidos que vão se coligar nacionalmente estarão livres para se coligar aqui?”, questionou, destacando que o PSD já sinalizou total liberdade para atuação da agremiação no Ceará. “Os outros estão nesta mesma situação?”. 

Ele destacou também que o PSD esteve ao lado do grupo desde 2006, quando Cid Gomes foi eleito pela primeira vez governador do Ceará. No entanto, lembrou alguns desentendimentos, como aqueles ocorridos que provocaram o processo de extinção do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). “Temos mais razões de afinidades do que apartação. Toda nossa lógica é de estarmos juntos, sem razões para separação”, argumentou Domingos.