Cidade de Palmas/Tocantins. Foto: Divulgação.

O ministro da Justiça, André Luiz Mendonça, determinou a abertura de inquérito contra um professor e sociólogo de Palmas/TO, que organizou a instalação de dois outdoors com críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O dono da empresa contratada para a instalação também é alvo do Ministério.

Tiago Costa Rodrigues, que também é secretário de formação política do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) no estado de Tocantins, arrecadou R$ 2,3 mil em um crowdfunding – espécie de “vaquinha online – para providenciar o serviço. Os outdoors apresentavam as frases “Cabra à toa não vale um pequi roído. Palmas quer impeachment já!” e “Aí mente! Vaza, Bolsonaro, o Tocantins quer paz”.

Em agosto de 2020, um simpatizante de Bolsonaro apresentou queixa-crime que pedia a investigação do sociólogo e do empresário pela Lei de Segurança Nacional. A Polícia Federal (PF) iniciou as investigações, mas a Corregedoria Regional da PF e o Ministério Público Federal arquivaram o caso em outubro.

Comunicado da decisão, o ministro André Mendonça, em dezembro, requisitou ao diretor-geral da PF, Rolando Alexandre de Souza, a abertura do inquérito por crime contra a honra do presidente. Em janeiro, os homens prestaram depoimento à delegada da PF, Aline Carvalho Miranda, por videoconferência.

Outras críticas de professores a Bolsonaro já causaram problemas no país. Uma docente da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) também é alvo de investigação por um outdoor instalado em Recife que definia o presidente como “inimigo da educação e do povo”.

Além disso, professores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, tiveram de assinar um acordo da Corregedoria-Geral da União em que se comprometiam a não repreender o chefe do Executivo.

Com informações do site ConJur.