A economista Susana Cordeiro Guerra deve continuar no cargo até que um novo presidente seja indicado. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil.

A presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Susana Cordeiro Guerra, pediu exoneração do cargo. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do Instituto nesta sexta-feira (26).

Susana pede para deixar o cargo após o Congresso Nacional, ao aprovar o Orçamento 2021, fazer um corte de R$ 1,75 bilhão que  inviabilizou o Censo Demográfico, previsto para ser realizado este ano. Numa complementação de voto, o relator Marcio Bittar, retirou outros R$ 169,7 milhões dessa ação, agora sem nada para gastar.

No entanto, segundo a nota divulgada pelo IBGE, o pedido de exoneração de Susana é motivado por questões pessoais e de família. A economista deve continuar no cargo até que um novo presidente, a ser indicado, tome posse.

Susana Cordeiro Guerra assumiu a presidência do IBGE em fevereiro de 2019.

O parecer final apresentado pelo relator-geral, senador Marcio Bittar (MDB-AC), retirou R$ 1,76 bilhão do Censo Demográfico. No texto original enviado pelo Poder Executivo (PLN 28/20) estavam previstos R$ 2 bilhões.

Para essa ação orçamentária (cujo código é 20U7), estavam sobrando R$ 190,7 milhões já autorizados e outros R$ 50 milhões condicionados a proposta de crédito suplementar que ainda depende de autorização do Congresso Nacional.

A possibilidade de cortes no dinheiro para o Censo Demográfico foi anteriormente debatida por parlamentares no último dia 11. Na ocasião, o deputado Felipe Carreras (PSB-PE) fez um apelo e lembrou que os dados populacionais orientam as políticas públicas.

A Lei 8.184/91 determina que o Censo Demográfico deve ser realizado a cada dez anos. A contagem da população estava prevista para o ano passado, mas acabou adiada, como deve acontecer agora, devido à pandemia do novo coronavírus.

Em nota, a direção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela contagem populacional, chegou a informar que esperava uma revisão da medida pelo relator-geral. “O País precisa das informações geradas pelo Censo Demográfico”, afirmava o documento.

Fontes: Agência Brasil e Agência Câmara de Notícias.