Cid Gomes disse estar cético quanto a recuperação da diplomacia brasileira no Governo Bolsonaro. Foto: Agência Senado.

O pedido de demissão do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, já era esperado por alguns membros do Governo Jair Bolsonaro, visto a pressão sofrida nas últimas semanas, principalmente, pelos erros de condução do gestor da pasta.

O anúncio da saída de Araújo da gestão foi comemorado por alguns políticos cearenses, todos de oposição ao Governo Federal.

Os parlamentares se posicionaram através de suas redes sociais logo após o anúncio do agora ex-ministro das Relações Exteriores.  “Ernesto Araújo é ex-ministro. Pediu demissão do cargo de chanceler. Não fará a mínima falta. Resta saber se esse governo incompetente vai encontrar um nome que resgate a nossa diplomacia. Desde já, deixo claro meu ceticismo”, escreveu o senador Cid Gomes (PDT).

O petista deputado federal, José Nobre Guimarães, disse que Araújo teve uma passagem “medíocre” pela pasta das Relações Exteriores, destacando ainda que tem esperança de que um nome “menos pior” assuma a pasta.  “Já vai tarde após boicotar a vacina e manchar nossa imagem no cenário internacional. O pior ministro de Relações Exteriores pediu a demissão do cargo, espero que o pior Presidente da nossa história também faça o mesmo! Ernesto Araújo deixa um legado terrível, imagem do Brasil destruída no exterior, portas fechadas e boicote na vacinação”.

Para o deputado federal André Figueiredo (PDT), Araújo “ateou fogo em si mesmo”. Segundo ele, o então gestor da pasta não prestou um dia de serviço útil ao País. “Tentou de tudo pra destruir uma das nossas instituições mais respeitadas. E caiu tentando causar máximo de danos ao país. Já vai tarde”.

Idilvan Alencar (PDT) também se posicionou sobre saída de ministro, afirmando que o então gestor “demorou para pegar o beco”. “Se nosso processo de vacinação está atrasado, parte do problema se deve às péssimas relações do Brasil com outros países alimentadas pelo ex-chanceler, principalmente com a China. Não acredito que vá mudar alguma coisa se o presidente seguir a mesma linha ideológica, paranoica e extremista na política externa. Mas devemos comemorar sempre que um ministro incompetente cai”.

“O Brasil precisa desmontar o Bloco dos Loucos. Já vai tarde”, disse o deputado federal Célio Studart (PV).

O deputado estadual Renato Roseno, do PSOL, afirmou que o legado deixado por Araújo é um País isolado, transformado em “pária internacional”, além de motivo de piadas. “Pergunta agora é quem dará seguimento à sua política delirante e irresponsável. Em se tratando de Bolsonaro, tudo pode piorar”.