Senador Flávio Bolsonaro e vereador Carlos Bolsonaro são investigados no esquema das “rachadinhas”. Foto: Reprodução.

O Ministério Público do Rio de Janeiro extinguiu, nesta última quarta-feira (03), o Grupo de Atuação Especializada e Combate à Corrupção (Gaecc). As atribuições do Gaecc serão transferidas para um departamento, a ser criado, dentro do Grupo de Atuação Especializada e Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

O Gaecc foi responsável pelas investigações de esquemas de “rachadinha” nos gabinetes do ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro, atualmente senador (Republicanos/RJ), e do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos).

Com base nas apurações, o MP-RJ denunciou o senador por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A atribuição para atuar nas investigações de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro é do procurador-geral de Justiça desde junho de 2021, quando a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro estendeu o foro por prerrogativa de função ao atual senador em âmbito estadual. O Órgão Especial do TJ-RJ avaliará se Flávio deve ser julgado pelo colegiado ou pela primeira instância.

Como o procurador-geral de Justiça, Luciano Oliveira Mattos de Souza, é o representante do MP-RJ com atribuição para atuar no caso, as investigações ficarão a cargo da Assessoria Originária Criminal, sob a coordenação do procurador de Justiça, Luciano Lessa. Especialista em matéria criminal, atua desde 1998 no tribunal do júri.

Em entrevista coletiva, Luciano Mattos afirmou que a extinção do Gaecc visou integrar as atuações, eliminando redundâncias, e “melhorar ainda mais a investigação de casos mais graves no combate ao crime organizado e no combate à corrupção”.

Fonte: site ConJur.