Para presidente Evandro Leitão, são “ameaças covardes”. Foto: Reprodução.

O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, deputado Evandro Leitão (PDT), manifestou, durante a abertura da sessão desta terça-feira (30), realizada via Sistema de Deliberação Remota (SDR), o apoio do Poder Legislativo ao governador Camilo Santana, que vem recebendo ameaças de morte.

Na segunda-feira (29), foi divulgado que o chefe do Executivo cearense estaria sendo alvo de ameaças contra a sua vida pela Internet e que a Polícia Civil do Ceará (PCCE), bem como demais autoridades, já estariam tomando as providências cabíveis.

Para Evandro Leitão, são “ameaças covardes” dirigidas ao governador do Estado e que colocam em risco a integridade física de Camilo Santana e a moral de toda a sociedade cearense. O presidente destacou ainda que a Assembleia está lançando uma moção de apoio ao governador, de iniciativa do líder do Governo na AL, deputado Júlio César Filho (Cidadania).

“Apresento esta moção para repudiar qualquer ameaça ou ato de violência e manifestar minha total solidariedade ao governador Camilo Santana. Esses atos de intimidação são prejudiciais ao processo democrático, sobretudo, neste momento no qual vivenciamos uma grave pandemia que, lamentavelmente, já ultrapassou os 300 mil mortos no Brasil”, justificou Júlio César Filho.

“Pedimos que todos os parlamentares apoiem essa iniciativa, com serenidade e equilíbrio, mostrando que esse Poder Legislativo está unido em prol da sociedade cearense e em defesa da maior autoridade desse Estado”, salientou Evandro Leitão.

Após o discurso de Leitão, mais de 30 parlamentares revezaram-se para se solidarizar ao governador. Dentre os que se manifestaram houve, inclusive, vários deputados de oposição, como Fernanda Pessoa (PSDB), Renato Roseno (PSOL) e Delegado Cavalcante (PSL).

Renato Roseno observou que diverge do governador Camilo Santana em muitos pontos, mas que “divergência não autoriza ameaça”. Ele salientou que essa situação é consequência da “escalada do autoritarismo que é fomentada em Brasília”.

“Camilo tem lutado contra o negacionismo e não iremos tolerar esse tipo de ameaça. Além de requerimento de solidariedade, devemos investigar e responsabilizar os envolvidos direta ou indiretamente nessas ameaças, pois é dessa forma que se impede o alastramento do autoritarismo”, disse.