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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, abriu a sessão de julgamento desta quinta-feira (4) com uma manifestação de pesar pelos recordes registrados pelo Brasil nos últimos dias, em referência à epidemia de COVID-19.

A manifestação foi encampada por outros integrantes da corte. “Algumas dessas mortes eram, como em toda parte do mundo, inevitáveis, mas muitas eram evitáveis. Infelizmente estamos vivendo um momento de desvalorização da vida em que pessoas nos deixam e passam a ser tratadas puramente como números. É muito triste o que está acontecendo no Brasil e é legítimo o sentimento de abandono que as pessoas têm pelo Brasil afora“, lamentou.

Na última quarta-feira (3), o país registrou novo recorde de mortes em 24 horas: 1.840. Dentre as vítimas do dia mais letal desde o início da epidemia, segundo o TSE, estão dois servidores da Justiça Eleitoral brasileira, dos estados do Ceará e Minas Gerais.

O ministro Edson Fachin elogiou a fala do presidente, que “com pesar e justiça fez menção a essa tragédia que o país vivencia”. E o ministro Alexandre de Moraes citou o momento “absolutamente lamentável da vida brasileira”, com críticas à desorganização do poder público, à ausência de liderança e à politização do enfrentamento à crise.

“Ficou fixado desde o primeiro julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que ninguém sozinho conseguiria vencer o grave desafio do combate à pandemia. Todos os entes federativos deveriam, em cooperação, atuar contra a pandemia, sempre sob a liderança nacional da União – liderança essa que, infelizmente, vem faltando”, disse Fachin.

Fonte: ConJur