Os deputados Queiroz Filho e Acrísio Sena representaram o Ceará no encontro realizado de forma remota. Foto: Reprodução.

Uma carta, elaborada pelo Fórum de Parlamentares de Comissões de Educação das Assembleias Legislativas de 12 estados e do Distrito Federal, foi formalizada e encaminhada para o Governo Federal cobrando condições para o retorno seguro das aulas presenciais, interrompidas por causa da pandemia. Um dos pedidos é a vacinação em massa contra a Covid-19, priorizando os professores.

Presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Ceará, deputado Queiroz Filho (PDT), cita que o retorno às atividades escolares presenciais necessita ser feito com todas as proteções necessárias. “Feito no tempo certo. Não podemos simplesmente pedir a reabertura das escolas diante do ritmo lento de vacinação da população e das precárias condições sanitárias das estruturas escolares na maioria dos estados”, disse.

No manifesto, consideram-se diversos fatores preocupantes relacionados à pandemia, como a morosidade da vacinação da população brasileira, associada às precárias condições sanitárias das estruturas escolares na maioria dos Estados, além da urgência dos fatores, para que não se repita o caos do Estado do Amazonas, com a falta de oxigênio, o colapso ocasionado pela falta de leitos e de profissionais que se reproduz em todas as regiões do Brasil.

Confira a lista de exigências:

1. Retorno às atividades presenciais, mas com todas as proteções necessárias para garantir a segurança sanitária que evite a infecção pela Covid-19;

2. Que o governo federal assuma de forma republicana, por meio do diálogo com estados e municípios, o enfrentamento ao coronavírus, incentivando e promovendo as medidas de proteção como o distanciamento social, paralisação total (quando necessário) e aplicação das regras sanitárias, assim como garantir infraestrutura e profissionais de saúde;

3. Que o governo federal garanta a compra das vacinas aprovadas pela Anvisa e a sua distribuição junto com os insumos necessários;

4. Que o retorno das atividades presenciais, mesmo que escalonado e atendendo os critérios de distanciamento social, ocorra com a vacina de todas e todos trabalhadores(as) em educação;

5. Que o Ministério da Educação, Ministério da Saúde e Secretarias Estaduais firmem ações concretas para garantia da vacinação dos(as) trabalhadores(as) em educação e a execução das normas sanitárias para o combate das novas variantes do coronavírus. Esse trabalho deverá ser acompanhado pelo Ministério Público, sindicatos, entidades estudantis, imprensa e sociedade civil;

6. Que seja garantida aos(às) trabalhadores(as) em educação, a manutenção do trabalho remoto e aos que retornarem, a garantia das condições necessárias de EPIs para a proteção individual (exigindo o fornecimento aos(às) trabalhadores(as) terceirizados(as), assim como de infraestrutura condizentes para o distanciamento estabelecidos nas normas sanitárias;

7. Que as redes de educação garantam períodos de desinfecção das escolas e do transporte escolar, assim como articulem a criação de grupos em cada unidade escolar para fiscalizar essas ações;

8. Que se estabeleça um pacto nacional entre as unidades da federação para o fornecimento, adequação ou atualização de equipamentos digitais (computadores, tabletes e internet) para professores(as) e estudantes.

9. Que o poder público nas suas diferentes esferas garanta uma política cooperada de promoção de segurança alimentar e nutricional, realizando a compra de alimentos da alimentação escolar e a entrega às famílias desde o mês de março.