Gardel Rolim afirmou que manterá o debate sereno, sem ataques pessoais ou discurso raivoso. Foto: CMFor.

Depois da primeira semana de embates na Câmara Municipal de Fortaleza, o líder do Governo na Casa, o vereador Gardel Rolim (PDT), afirma que já estava preparado para as contestações feitas pela oposição quanto às medidas implementadas pelo Governo Camilo Santana e o prefeito Sarto.

De acordo com ele, assim como o faz o presidente da República, Jair Bolsonaro, vereadores ligados ao chefe do Executivo da Nação também seguem negando a gravidade da pandemia em Fortaleza.

Na semana passada, o governador Camilo Santana anunciou medidas para tentar frear o avanço do coronavírus na cidade de Fortaleza. Dentre as ações está o fechamento mais cedo de bares, restaurantes e barracas de praia. Vereadores e deputados ligados ao presidente Jair Bolsonaro realizaram manifestações em pontos da cidade contra o novo decreto.

A oposição à esquerda na Câmara de Fortaleza, formada por PSOL e PT, por outro lado, defendeu as medidas do Governo do Estado. Na avaliação de Gardel Rolim, todos os embates que se deram até aqui estavam dentro do previsto e a base está preparada para enfrentar os ataques feitos pela bancada oposicionista.

“Já sabíamos que o embate aconteceria muito cedo. O combate ao coronavírus e as medidas do prefeito e do governador, com certeza, seriam pautas desse debate. Não tem nenhuma novidade”, afirmou Rolim.

De acordo com ele, é preciso entender que Fortaleza passa por um problema real, com casos crescentes de Covid-19, com necessidade de ações mais duras.

“A direita mais bolsonarista, assim como o faz o presidente Bolsonaro em nível federal, segue negando a gravidade da pandemia em Fortaleza. Esse é um debate que está sendo dado em nível nacional e não temos como fugir disso”, disse ele.

Nos últimos dias, após publicação do decreto do Governo, as críticas partiram principalmente dos vereadores Márcio Martins (PROS), Inspetor Alberto (PROS), Pedro Matos (PROS), Carmelo Neto (Republicanos) e Priscila Costa (PSC). Os parlamentares reclamam que as medidas adotadas causarão sérios danos para os setores de restaurantes e entretenimento, bem como possível demissão de funcionários desses estabelecimentos.

Base

Na semana passada, enquanto a reduzida oposição fazia ataques ao decreto, poucos foram os vereadores da base governista que partiram em defesa do Governo Municipal. Para Gardel, essa falta de posicionamento da maior parte dos aliados é histórica. “O debate se resume muito aos líderes contra a liderança da oposição. Às vezes alguns não se sentem à vontade para relatar”, disse.

No entanto, Gardel Rolim destacou que a liderança do Governo tem que realizar um debate sereno, sem ataques pessoais. “Minha preocupação é evitar um embate raivoso. Meu debate é baseado em números, defendendo a população mais vulnerável, os profissionais de saúde, da educação. O que temos que ter com muita clareza é a segurança do que estamos fazendo. Alguns farão o debate mais raivoso, mas esta não é nossa linha”, destacou.