Vice-presidente da Câmara, vereador Adail Júnior, continua sendo um dos principais defensores da gestão. Foto: CMFor.

A primeira semana de trabalhos na Câmara Municipal de Fortaleza mostrou que a oposição na Casa, pelo menos nessas primeiras sessões ordinárias, está mais coesa e combativa. Por outro lado, a base governista, apesar de ser numericamente maior, segue tão apática quanto em legislaturas passadas.

A principal pauta das duas únicas plenárias ocorridas na semana focou na proposta de Resolução da Mesa Diretora que alterava o funcionamento da Casa, reduzindo a quantidade de sessões e limitando a presença de vereadores no Plenário Fausto Arruda. Já na terça-feira (02), vereadores de oposição reclamaram do formato proposto, bem como o fato de já estarem atuando com as limitações propostas, sem a aprovação do projeto pelo plenário.

Depois de muitos embates, o presidente da Mesa Diretora, o vereador Antônio Henrique (PDT), decidiu tornar nulo todos os atos da primeira sessão ordinária do ano, assim como as reuniões das comissões da terça-feira (02). Dessa forma, os trabalhos da Casa Legislativa passam ser realizados baseados em Resolução aprovada no ano passado, com plenária apenas às quartas-feiras.

A bancada oposicionista avalia que se saiu vitoriosa no embate, principalmente, porque uma das principais reclamações dizia respeito a vereadores que estavam participando das sessões diretamente de suas residências. Nesses dois dias de plenárias realizadas, a oposição esteve alinhada nos principais temas levados ao plenário.

Outro embate se deu foi por conta do novo decreto do governador Camilo Santana que restringiu o funcionamento de algumas atividades não essenciais. O questionamento foi feito por parte da oposição que é aliada do deputado federal Capitão Wagner (PROS), candidato a prefeito derrotado nas eleições do ano passado. Neste tema, além de alguns governistas, os opositores Guilherme Sampaio (PT) e Gabriel Aguiar (PSOL) partiram em defesa dos atos do Governo.

Atuantes

Do lado governista, apesar de ser o maior grupo da Casa, com ao menos 30 representantes, poucos foram o que participaram em defesa do Governo Sarto. Além de ataques ao atual prefeito, o ex-prefeito Roberto Cláudio também foi criticado pela oposição.

Gardel Rolim (PDT), Adail Júnior (PDT), Léo Couto (PSB), Júlio Brizzi (PDT) e Lúcio Bruno (PDT) foram os parlamentares da base governistas que fizeram defesa da gestão. Do lado oposicionista, os vereadores Márcio Martins (PROS), Carmelo Neto (Republicanos), Inspetor Alberto (PROS), Priscila Costa (PSC) e Pedro Matos (PROS) foram os mais atuantes.