Maia está empenhado em eleger o candidato Baleia Rossi (MDB/SP) na sucessão presidencial da Câmara dos Deputados. Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados.

O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM/RJ), foi questionado nesta segunda-feira (18) sobre os pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que dependem do seu despacho para prosseguir.

Ele afirmou que o momento atual não é de discussão do impedimento e que o foco do Parlamento precisa ser o combate à pandemia e seus efeitos sociais/econômicos. Entretanto, ressaltou que essa pode ser uma pauta futura.

Maia destacou que não há como fugir da investigação, por meio de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), sobre a desorganização na gestão da saúde no período da pandemia. “É inevitável que tenhamos uma CPI da Câmara ou do Congresso, mais à frente. Certamente, essa investigação vai chegar aos responsáveis por toda essa desorganização, falta de logística”, disse o presidente.

Ele ainda criticou a falta de planejamento do Governo Federal no combate à pandemia. Rodrigo Maia citou o exemplo de um laboratório que propôs ao governo parceria para compra de vacinas, mas não teve sequer o e-mail respondido.

“O presidente Bolsonaro faz uma narrativa de que o Supremo tirou o poder do Governo Federal e o Supremo deixou claro que a coordenação era do Governo. Um laboratório mandou e-mails sobre imunização e não teve resposta. O Governo não acreditava nesse tema da vacina”, afirmou.

Convocação

Rodrigo Maia também cobrou mais uma vez uma decisão do senador Davi Alcolumbre (DEM/AP), para convocar a Comissão Representativa do Congresso Nacional. Segundo Rodrigo Maia, os parlamentares estariam cumprindo o seu papel de legislar e fiscalizar o Executivo. “Um bom ambiente, menor, sem o viés político. O importante era o Parlamento estar trabalhando, convidando ministros, especialistas, técnicos”, disse.

Com informações da Câmara dos Deputados.