12 vereadores foram eleitos apoiando o candidato Wagner, mas somente sete devem se manter na oposição. Foto: Miguel Martins.

A bancada de oposição na Câmara Municipal de Fortaleza, ligada ao deputado federal Capitão Wagner (PROS), será menor do que aquela eleita em novembro do ano passado. A coligação que apoiou o republicano conseguiu eleger 12 vereadores para a Casa Legislativa, porém, no decorrer dos últimos meses, alguns parlamentares decidiram atuar de forma independente e outros na base aliada do prefeito Sarto (PDT).

Logo após eleito, o prefeito Sarto resolveu se reunir com alguns vereadores, o que resultou de imediato em alguns apoiadores. Os eleitos do Partido da Mulher Brasileira (PMB), Germano Heman e Welington Saboia, por exemplo, que estavam ao lado de Wagner na disputa de 2020, resolveram se alinhar à gestão de Sarto.

É muito difícil para vereadores que representam comunidades de Fortaleza, principalmente, novatos, atuarem na bancada de oposição, principalmente, porque são dos mais demandados pelos bairros que representam. Geralmente, após o pleito, eles optam por fazer parte da base governista. Foi o que aconteceu com esses dois.

No caso de Erivaldo Xavier, o “Cônsul do Povo”, ele já tinha uma relação com o governador Camilo Santana e confessou ao Blog do Edison Silva que tem proximidade com o prefeito Sarto, isso antes de Priscila Costa, presidente municipal do PSC, assumir o comando da legenda. Costa é uma das principais opositoras na Câmara Municipal de Fortaleza e Cônsul estará do lado da gestão.

Vereadores de primeiro mandato, Bruno Mesquita (PROS) e Danilo Lopes (Podemos), apesar de não atuarem na base governista, neste primeiro momento, realizarão suas atividades de forma independente. Mesquita, por exemplo, também tem proximidade com o prefeito Sarto.

Com esses posicionamentos desses vereadores na Câmara Municipal, a partir de fevereiro, a oposição ligada a Capitão Wagner será formada por sete vereadores. Além de Priscila Costa, atuarão no grupo os vereadores: Inspetor Alberto (PROS), Ronaldo Martins (Republicanos), Carmelo Neto (Republicanos), Juilierme Sena (PROS), Márcio Martins (PROS) e Sargento Reginauro (PROS). Este último está de licença para tratamento de saúde e sendo substituído, por enquanto, pelo suplente Pedro Matos (PROS), que se manterá como opositor.

Bolsonaro

Apesar das baixas, essa ainda é uma oposição considerável, que demandará muita atenção por parte da base governista de Sarto. Isso porque a bancada oposicionista é mais ideológica e com maior inserção nas redes sociais, e buscará ser mais atuante do que aquela da Legislatura passada. Priscila Costa, Carmelo Neto e Inspetor Alberto são os vereadores com maior ligação com Jair Bolsonaro, o que fará com que os embates sejam mais acirrados, uma vez que o grupo político dominante em Fortaleza é opositor do presidente da República.