Políticos, educadores e especialistas defendem vacinação para professores. Foto: Reprodução/Facebook.

Cerca de 60% dos professores da rede de ensino em Fortaleza estão no grupo de risco. Pensando na qualidade do ensino público e na saúde de educadores e alunos, o deputado federal Idilvan Alencar (PDT) tem levantado a bandeira da prioridade para vacinação de profissionais da Educação em todo o País. O parlamentar acredita que o prejuízo para o País com escolas fechadas por conta da pandemia do novo coronavírus é sem precedentes para o futuro da Nação.

Nos últimos meses, Idilvan Alencar e outros deputados federais têm liderado movimento de vacinação/já para professores brasileiros, inclusive, com a participação de governadores. A campanha já foi lançada em alguns estados, mas ainda não surtiu o efeito esperado, que é o de incluir os profissionais da Educação no grupo prioritário.

O parlamentar está propondo um pacto pela aprendizagem, para que a carga horária seja estendida, ainda que seja de modo híbrido, com aulas presenciais e remotas, via videoconferência. No entanto, ele salienta que a vacinação é a condição inicial para se pensar em retorno das aulas. “Por isso defendo fortemente a prioridade para o professor ser vacinado”, disse.

Em Fortaleza, o prefeito Sarto apresentou como o tripé de seus 100 dias de Governo a vacinação de grupos prioritários, retomada da economia e retorno seguro para as aulas dos alunos do ensino público.

De acordo com Idilvan, algumas questões sobre a Educação são fundamentais, como por exemplo, o alto número de professores da Capital que estão inseridos no grupo de risco. “Como pensar no retorno das aulas dessa forma?”, questionou.

Em sua avaliação, cada escola deve analisar dois parâmetros. Um, o físico, onde a instituição de ensino averiguará a estrutura, o ambiente escolar, se é adequado para o retorno seguro das aulas. O segundo quesito seria a quantidade de profissionais vacinados e aptos para retornar a essa atividade. “É preciso consultar a comunidade escolar. Professor, estudante, pais de alunos. Desde o começo da pandemia que eu defendo isso. A comunidade escolar precisa dialogar com os órgãos sanitários para tomar uma decisão em conjunto”.

“O ensino privado tem outra realidade. O dono da escola particular tem uma escola. O Estado tem 800 e o Município de Fortaleza, por exemplo, tem mais de 600” – (Idilvan Alencar)

De acordo com ele, com as escolas públicas fechadas o prejuízo é dos estudantes, dos pais desses estudantes e de todo o País. Segundo disse, a pandemia tem apresentado efeitos visíveis para algumas áreas e invisíveis, a priori, para outras. “Na saúde, infelizmente, contamos os óbitos, na economia os desempregados e fechamento de empresas. Mas na Educação fala-se de um efeito invisível, que para mim, é visível. Um País com escola fechada vai ter prejuízo que não se recupera em um ano”, disse.