O prefeito eleito em visita à Câmara Municipal, durante a campanha eleitoral. Foto: CMFor.

As três sessões ordinárias realizadas pela Câmara Municipal de Fortaleza nesta semana serviram apenas para acolher emendas parlamentares ao Orçamento do próximo ano e para que vereadores, suplentes e lideranças políticas especulassem sobre os rumos da gestão do prefeito eleito Sarto (PDT). Parlamentares que não foram reeleitos e ficaram na suplência aguardam ser beneficiados com uma eventual convocação de seus pares para compor o secretariado do novo Governo.

Outra especulação que esteve presente nas rodas de conversas durante toda a semana diz respeito ao nome do próximo líder do Governo na Casa. Para alguns, diferente do que aconteceu nas duas gestões do prefeito Roberto Cláudio, quando ele nomeou vereadores de primeiro mandato para a liderança da base aliada, a ideia, agora, com uma oposição possivelmente mais combativa, o ideal seria escolher alguém com experiência, conhecimento da Casa e bom de debate.

O atual líder do Governo, Esio Feitosa (PSB), apesar da qualidade na oratória, e na defesa que fez da gestão Roberto Cláudio, não conseguiu ser reeleito, ficando na quarta suplência. O que se fala entre seus colegas de Parlamento é que o pessebista deva fazer parte da gestão. O nome de Ana Paula Brandão  (PDT) também chegou a ser comentado nos corredores da Casa, mas nada confirmado pelos auxiliares do novo prefeito.

Didi Mangueira (PDT), que também não foi reeleito, é outro que chegou a ser sondado como possível líder do Governo na Casa. Para isso, Sarto teria que convocar alguns nomes do Legislativo Municipal para fazer parte do seu secretariado. O próprio prefeito eleito já se posicionou favorável à ideia e deve chamar alguns parlamentares para a administração pública.

Um nome dado como certo na gestão é Elpídio Nogueira (PDT), irmão de Sarto, que pretende retornar para o comando da Secretaria do Turismo de Fortaleza. O vereador, porém, afirma que está disposto a auxiliar Sarto em qualquer frente em que for designado, ainda que tenha demonstrado sua preferência ao prefeito.

Renan Colares (PDT), que já fez parte da gestão do prefeito Roberto Cláudio é outro sondado pelo novo Governo. De acordo com alguns de seus pares, ele já teria aceitado o convite. O pedetista, porém, afirma que tudo não passa de especulação.

Com uma eventual ida de Elpídio para o Governo, Carlos Mesquita (PDT), o primeiro suplente do partido, assumiria a vaga. Caso Renan Colares vá para a gestão, quem assume é Iraguassú Filho (PDT), segundo na suplência. No entanto, a ideia seria também acomodar Iraguassú na Prefeitura, e dessa forma, beneficiar Didi Mangueira para que esse passe a atuar em defesa da base governista na Casa. Atualmente, o pedetista é presidente da Comissão de Constituição e Justiça, o colegiado mais importante do Legislativo.

Um vereador experiente na Câmara confessou ao Blog do Edison Silva que, praticamente, todas as escolhas já estão colocadas, faltando apenas o momento certo de serem anunciadas pelo prefeito eleito. Sarto, por outro lado, prefere dizer que cada coisa tem seu tempo. Para ele, a composição do secretariado ficará somente para o último momento do processo de transição, o que deve acontecer até o fim do mês. Até lá, vereadores, suplentes e lideranças políticas continuarão na expectativa dos fatos e especulando aqui e ali.