Vereador Carlos Mesquita lamentou a situação do Brasil no combate à pandemia. Foto: Reprodução/Facebook.

Os vereadores de Fortaleza demonstraram preocupação com a morosidade e falta de planejamento do Governo Federal no combate à Covid-19. Enquanto países como o Reino Unido estão em processo acelerado de vacinação de seus cidadãos, o Brasil ainda não apresentou um plano de trabalho.

O vereador Elpídio Nogueira (PDT), por exemplo, afirmou que, passados mais de 100 anos da pandemia de Gripe Espanhola, o mundo, em especial o Brasil, não aprendeu com os exemplos mostrados naquela época. Segundo lembrou, na ocasião morreram entre 35 e 50 milhões de pessoas, sendo 500 milhões infectadas. Atualmente, este número no mundo todo é de 70 milhões de infectados.

“É lamentável o que a rede social produz as vezes na cabeça das pessoas. Aqui no nosso país não há um plano do Governo Federal para promover a vacinação das pessoas. Cada Estado faz do jeito que quer, quando deveríamos ter um controle, um comando do Ministério da Saúde para fazer uma homogeneidade do tratamento da vacinação em nosso País”, lamentou o pedetista.

Segundo ele, se cada Estado apresentar um plano específico, com uma vacina diferente, o resultado em todo o País acontecerá de forma diferenciada. “É lamentável que isso esteja acontecendo em pleno século XXI. É preciso que o ministro da Saúde comande isso para que tenhamos homogeneidade”, defendeu.

Carlos Mesquita (PDT) também destacou a situação de impasse no Brasil e, como público de risco, solicitou que o presidente da República, Jair Bolsonaro, perceba a situação do povo e trabalhe em benefício de todos. “O Ministério Público tem que ir para cima do presidente da República para ele enxergar as pessoas e pare com essa briguinha, que crie juízo e comece a olhar pelo nosso povo”, disse.

“Nós que temos mais de 60 anos, estamos nos sentindo abandonados pelo Governo Federal. Precisamos abrir os olhos e darmos uma cutucada no Governo Federal para que já tenhamos essa vacina” – (Carlos Mesquita)

Mesquita alertou ainda que, sem um plano para o processo de vacinação da população, o Brasil sofrerá quando todos os demais países já estiverem imunizando seus habitantes. “Na hora em que isso estiver à disposição vai ser uma correria muito grande, todo mundo querendo se imunizar dessa doença que não vê cor, não vê nada. Gostaria de dizer ao Governo Federal que avance para dar tranquilidade a todos nós”.

O vereador Gardel Rolim (PDT) também comentou problemas ocorridos na gestão do Ministério da Saúde, em especial no que diz respeito à política de atenção psicossocial. Segundo ele, é preciso que políticos e população se organizem para evitar que o Governo Federal desarticule as políticas de saúde mental no País.

“Recebemos informações de que o Governo estaria revogando portarias que sustentam e definem a política de atenção psicossocial do Brasil. Qualquer medida nesse sentido não foi discutida com o Conselho de Saúde nem como os estados, e não pode ser implementada”, reclamou Rolim.

O parlamentar afirmou que enviará requerimento ao Ministério da Saúde cobrando explicações acerca da situação das políticas do Governo Federal para a saúde mental. “É necessário que essa rede prossiga e melhore. Precisamos melhorar o que já está posto e não aniquilar com a saúde mental de nosso Município”, criticou.