Eduardo Girão e Capitão Wagner são aliados desde o pleito de 2018. Foto: Divulgação.

O senador Eduardo Girão (Podemos) não se licenciou de seu mandato para cuidar da campanha de Capitão Wagner (PROS) a prefeito de Fortaleza. O parlamentar acumulou as funções no Senado Federal, na coordenação da campanha do colega e foi o maior incentivador e financiador da candidatura do republicano.

De acordo com os dados mais recentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as candidaturas do pleito deste ano, Capitão Wagner registrou receitas totais no valor de R$ 4,7 milhões, sendo Eduardo Girão o maior doador, com R$ 1,7 milhão.

Todos os candidatos eleitos nas Eleições Municipais de 2020 (com exceção dos concorrentes no município de Macapá) e seus respectivos partidos políticos deverão apresentar à Justiça Eleitoral, até o dia 15 de dezembro, as prestações de contas finais relativas ao pleito. A regra vale para os eleitos no primeiro e no segundo turnos, sejam eles prefeitos, vice-prefeitos ou vereadores (até o terceiro suplente).

Analisando os dados divulgados até agora pelo TSE, o senador Eduardo Girão apostou no colega Capitão Wagner mais até que o partido do candidato, o PROS, que fez repasse de R$ 1,5 milhão, entre executivas nacional e municipal. Além dos recursos do próprio bolso, Girão ainda negociou a doação de R$ 158 mil feita pelo seu partido, o Podemos.

Ao todo, Wagner recebeu R$ 1,9 milhão de partidos, e R$ 2,6 milhões de pessoas físicas. A vereadora Priscila Costa (PSC) doou R$ 60 mil para o correligionário, enquanto que o postulante investiu R$ 50 mil na própria candidatura.

O partido Republicanos também ajudou o candidato com R$ 286 mil, enquanto que o vice-presidente do MDB, Gaudêncio Lucena, doou R$ 200 mil. Seu irmão, o empresário Gualter Lucena, doou R$ 200 mil. Beto Studart, por sua vez, fez uma doação de R$ 150 mil. Studart também doou para Sarto, do PDT, sendo que a quantia para o candidato pedetista foi de R$ 200 mil.

Wagner gastou R$ 3,6 milhões dos R$ 4,7 milhões recebidos, sendo R$ 1 milhão para produção de programas em rádio e televisão. Com impulsionamento de conteúdo nas redes sociais o candidato derrotado gastou R$ 768 mil. Outros R$ 600 mil foram utilizados para publicidade por adesivos.

 

Prestação de contas, até agora, da campanha de Capitão Wagner (PROS)

Receita – 4,7 milhões

Doações de pessoas físicas – R$ 2,6 milhões
Doação de partidos – R$ 1,9 milhão
Doação de candidato – R$ 60 mil (Priscila Costa)
Recursos próprios – R$ 50 mil

– Principais doadores
Eduardo Girão – R$ 1,7 milhão
PROS – R$ 1,5 milhão
Republicanos – R$ 286 mil
Gaudêncio Lucena – R$ 200 mil
Gualter Lucena – R$ 200 mil
Podemos – R$ 158 mil
Beto Studart – R$ 150 mil

Despesas pagas – R$ 3,6 milhões

Principais despesas
Produção de programas – R$ 1 milhão
Impulsionamento nas redes sociais – R$ 768 mil
Publicidade por adesivos – R$ 600 mil.