Sarto reunido com vereadores durante a campanha eleitoral deste ano. Foto: CMFor.

O prefeito eleito de Fortaleza, Sarto, está na reta final para consolidação de seu secretariado, e deve indicar auxiliares de seu Governo mesclando nomes com conhecimento técnico e quadros políticos, visando assistir aqueles partidos que lhe prestaram apoio durante a campanha eleitoral. No entanto, no quebra-cabeça montado para se ter uma gestão forte, o chefe do Executivo da Capital deve ter como um de seus objetivos o fortalecimento de uma base governista coesa na Câmara Municipal.

Lideranças partidárias e vereadores experientes da cidade avaliam que mesmo dividida, a oposição ao Governo Sarto surge mais forte do que aquela que atuou nas gestões do prefeito Roberto Cláudio. A bancada oposicionista saltou de sete para, no mínimo, oito nomes, podendo chegar a 13. Isso levando em consideração os nomes que ainda seguem alinhados com o candidato derrotado no segundo turno, Capitão Wagner (PROS) e os dois vereadores do PSOL, que apesar de terem apoiado o pedetista na reta final da campanha majoritária, já definiram que serão oposição ao Governo do pedetista.

Os vereadores Erivaldo Xavier (PSC), Welington Saboia (PMB) e Germano Heman (PMB) devem compor a base aliada de Sarto. Já Bruno Mesquita (PROS) tende a se comportar de forma independente na Casa.

A depender do posicionamento do Partido dos Trabalhadores (PT), que deve definir seu rumo ainda nesta semana, os opositores ao Governo Sarto poderão chegar ao número máximo de 13 parlamentares no Legislativo da Capital cearense. A sigla petista, porém, pode decidir por uma postura de independência na Casa, o que, inclusive, foi defendido pelo deputado federal José Nobre Guimarães (PT), em entrevista ao Blog do Edison Silva.

A base governista, por outro lado, teria, em tese, 30 membros na Câmara Municipal de Fortaleza, um número que chega a preocupar para quem vai precisar aprovar matérias polêmicas, projetos que necessitam de quórum qualificado ou que queiram somente manter o número mínimo de presenças para o desenrolar das sessões ordinárias.

Não foram poucas as vezes que se viu, ao longo dos últimos anos, plenárias esvaziadas, muitas vezes, dominadas pela escassa, mas barulhenta, oposição com o mínimo de governistas presentes no Plenário Fausto Arruda. Soma-se a isso a presença de alguns vereadores que, mesmo filiados a partidos que fazem parte da base aliada, deverão apresentar um comportamento de independência na Casa.

Mesa Diretora

O quebra-cabeça montado por Sarto, experiente nos bastidores da política local, deve focar no fortalecimento da gestão, alinhando técnicos e políticos, mas também consolidando a força da base governista. Para isso, deve levar para sua gestão nomes eleitos na Casa, a fim de prestigiar aqueles que não conseguiram reeleição para a Câmara Municipal, mas que devem ter papel preponderante em defesa do Governo que se inicia.

Os nomes do secretariado de Sarto devem ser apresentados ao longo da semana e até a sexta-feira (01), data da posse, o prefeito já terá todo o seu primeiro escalão montado. Com os nomes dos auxiliares do prefeito já fechados, incluindo vereadores reeleitos, Antônio Henrique (PDT), presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, e candidato à reeleição na condução da Mesa Diretora, ficará mais aliviado para montar sua chapa, que deve abranger nomes do PDT, PSB, PROS, Cidadania, PT e outros partidos.