Nesta sexta-feira (27), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), cuja jurisdição abrange 13 estados e o Distrito Federal, disse ter restringido o acesso a todos os seus sistemas diante da suspeita de um ataque cibernético.

Segundo nota divulgada pelo (TRF1), a medida foi tomada “em decorrência da publicação veiculada em redes sociais de que ocorrera uma invasão ao ambiente tecnológico” do tribunal.

Diversos perfis no Twitter, incluindo contas verificadas de procuradores da República e juízes, compartilharam uma imagem em que um grupo de hackers anuncia a invasão.

Na noite desta quinta-feira (26), um perfil anônimo no Twitter tinha assumido a autoria do ataque. O perfil postou um link com dados que teriam sido capturados do sistema da corte. O link exibia a seguinte mensagem: “Vazamento de dados do Tribunal Regional da Primeira Região (portal.trf1.jus.br). isso é sério? um orgão tão importante com uma vulnerabilidade tão grave.. Nest post estamos expondo “só” o conteudo de 4 (cit, concurso, stf e trfweb) das 47 DBS, apenas para demonstrar que o TRF1 também é vulnerável. nosso objetivo NÃO é causar o caos, nem prejudicar o TRF1 (sic)”.

De acordo com a assessoria do TRF1, “todos os sistemas do tribunal foram colocados em modo restrito para permitir a adequada investigação, sendo que, até o momento, não se identificou nenhum ativo de TI comprometido”.

Neste mês, os sistemas judiciais têm sido alvos de diferentes ataques. Um deles, bem-sucedido, chegou a paralisar todos os procedimentos judiciais do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que levaram mais de uma semana para serem restabelecidos. A Polícia Federal (PF) investiga, num inquérito sigiloso, se houve roubo de dados e sua extensão. Em 15 de novembro, no primeiro turno das eleições municipais, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disse ter neutralizado um ataque hacker que buscou sobrecarregar e derrubar os sistemas da Justiça Eleitoral.

Em 11 de novembro, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) criou um Comitê de Segurança Cibernética, que deve traçar diretrizes para lidar com as ameaças.

Com informações: Agência Brasil