Capitão Wagner chega para votar ao lado de Eduardo Girão e família. Foto: Divulgação

Principal apoiador da candidatura de Capitão Wagner (PROS) nas eleições deste ano em Fortaleza, o senador Eduardo Girão (Podemos) criticou o que ele denominou de “cooptação” de pessoas tanto na Capital como no Interior. Segundo ele, o candidato republicano é independente e, caso seja eleito prefeito, buscará apoio do Governo Federal e Governo do Estado.

“Foi uma experiência de vida fantástica. Acompanhar ele, olhar nos olhos das pessoas e perceber a ânsia de libertação. É isso o que está em falta na Capital da terra da luz, que tem virado terra da sombra. Um grupo político, uma oligarquia que faz faz com que isso aqui seja um negócio deles”, disse o senador.

Segundo ele, Wagner sempre foi aberto ao diálogo e reuniu-se com um grupo de especialistas para pensar e cidade.  “Ele tem uma sensibilidade muito grande e isso fica muito claro com sua união com a Kamila Cardoso. Ele teve a oportunidade de ter muitos partidos que queriam indicar o candidato, mas optou pelo coração pela verdade”.

O senador afirmou ainda que sua participação na campanha de Wagner se deu por um ideal ao saber de algumas pautas defendidas pelo republicano, como a proibição para liberação da maconha e do aborto. “As pessoas querem a verdade e se o povo entender o que é o melhor, Fortaleza vai ter uma grande administração para que tenhamos, finalmente, uma liberação desse grupo político que manda e desmanda aqui”.

Para a disputa no segundo turno, Capitão Wagner deve manter o distanciamento do Governo do presidente Jair Bolsonaro, ainda que o chefe de Estado tenha confirmado apoio ao candidato republicano três vezes em suas redes sociais.

Segundo Girão, Wagner tem uma postura de independência quanto à gestão de Bolsonaro não se eximindo de votar contrário a medidas do Governo nas quais ele não concorda. “É claro que ele não vai negar um bom relacionamento com o Governo Federal. Quase 50% das verbas da Prefeitura são oriundas do Governo Federal. Ele quer um bom relacionamento com o Governo Federal, mas o pensamento dele não é atrelado a pessoa A ou B”.

Camilo Santana

O senador defende que, em eventual vitória de Wagner, o candidato busque apoio tanto do Governo Federal quanto do Governo do Estado. No entanto, o parlamentar lembrou a participação do governador Camilo Santana na campanha eleitoral, principalmente, ao fazer críticas ao comportamento do republicano durante o motim dos policiais militares no Ceará.

“O governador atua como um militante, busca atacar os candidatos e defender aquele que ele apoia. Ele tem que ter uma postura de mais equilíbrio. No Interior a gente vê cooptação pelo poder. Eu vi no Interior e estou vendo em Fortaleza oligarquias poderosas querendo se perpetuar no poder, como se a cidade fosse delas”, disse.