O prefeito eleito de Fortaleza, Sarto, ao lado do presidente da Câmara, Antônio Henrique. Foto: Divulgação.

Eleito prefeito de Fortaleza com mais de 51% dos votos do eleitorado fortalezense, Sarto (PDT) conseguiu atrair para sua campanha as principais lideranças políticas do Estado. A partir do próximo ano, o pedetista terá no seu entorno uma base governista ampla, formada, no mínimo, por 25 vereadores, podendo aumentar este número no decorrer do mandato.

Ele já programou série de encontros com os vereadores eleitos, do seu partido, os que se aliaram no segundo turno da disputa e os vencedores eleitos pela oposição. A eleição da Mesa Diretora da Câmara acontece imediatamente após a posse dos vereadores eleitos, dia 1º de janeiro de 2021, e é a primeira ação política do novo prefeito da Capital.

O atual presidente da Câmara, Antônio Henrique, amigo de Sarto e companheiro de dobradinha nas últimas eleições, é favorito para permanecer no cargo. Os novos vereadores é que darão posse ao prefeito eleito, no dia 1º de janeiro.

Como comumente acontece, logo no início de uma nova administração, há possibilidade de um futuro apoio de alguns nomes eleitos pelas coligações oposicionistas. Capitão Wagner, que perdeu a disputa pela Prefeitura de Fortaleza no segundo turno, conseguiu eleger 12 vereadores para a Câmara de Fortaleza.

Logo após o resultado das urnas no primeiro turno de votação, alguns vereadores já sinalizavam uma eventual derrota de Wagner no segundo turno, além da possibilidade de ao menos cinco nomes eleitos pela coligação do republicano migrarem para a base aliada de Sarto.

Como já foi visto ao longo dos últimos mandatos na Capital cearense, essa não será uma tarefa difícil, uma vez que os vereadores, em sua maioria, dependem do Executivo para atendimento das demandas de seus representados.

Além dos 25 parlamentares eleitos pela sua coligação, o prefeito eleito obteve os apoios do PT e do PSOL, no segundo turno da campanha. As duas siglas, juntas, elegeram cinco vereadores para a Câmara Municipal. No entanto, não se posicionaram como eventual base governista de Sarto.

O Partido dos Trabalhadores pode ter um posicionamento de independência ou até se alinhar com o pedetista, a depender das negociações administrativas e políticas dos próximos meses. O partido foi oposição ao prefeito Roberto Cláudio (PDT) desde o resultado das eleições de 2012.

Já o PSOL tende a atuar como oposição na Casa Legislativa, visto que definiram este posicionamento em nota de apoio ao pedetista no segundo turno. No entanto, a base governista de Sarto já está consolidada.

Somente o PDT elegeu 10 vereadores. Cidadania e PSB elegeram, cada um, três vereadores para a base governista do futuro gestor. Progressistas, PL e PSD elegeram dois vereadores, cada um, enquanto que PSDB, DEM e Rede elegeram apenas um nome para a próxima Legislatura.

Nas próximas semanas, além de dialogar com todos os partidos aliados que estiveram do seu lado no processo eleitoral, o prefeito eleito também deverá se reunir com representantes de algumas agremiações, que poderão fazer parte da base de sustentação de seu Governo, a partir de janeiro próximo.

Veja lista dos vereadores eleitos pela coligação de Sarto

Cidadania: 3 vagas
MICHEL LINS: 5.936
PROFESSOR ENILSON: 3.788
KÁTIA RODRIGUES: 3.711

DEM: 1 vaga
CLÁUDIA GOMES: 8.625

PDT: 10 vagas
LUCIO BRUNO: 23.936
JULIO BRIZZI: 16.424
ANTÔNIO HENRIQUE: 15.480
ADAIL JUNIOR: 14.005
GARDEL ROLIM: 11.552
PAULO MARTINS: 10.591
ENFERMEIRA ANA PAULA: 10.097
ELPIDIO NOGUEIRA: 9.564
RENAN COLARES:9.523
RAIMUNDO FILHO: 8.755

PP: 2 vagas
EMANUEL ACRIZIO: 11.371
LUCIANO GIRÃO: 9.857

PL: 2 vagas
ANA DO ARACAPÉ: 5.922
TIA FRANCISCA: 5.793

PSD: 2 vagas
PPCELL: 7.330
JOSE FREIRE: 6.277

PSB: 3 vagas
LEONARDO COUTO: 9.426
FÁBIO RUBENS: 6.819
EUDES BRINGEL: 5.780

PSDB: 1 vaga
JORGE PINHEIRO: 8.319

Rede: 1 vaga
ESTRELA BARROS: 4.928.