Renato disse que a campanha deste ano foi diferente devido à pandemia. Foto: Reprodução/Instagram.

O candidato a prefeito de Fortaleza pelo PSOL, Renato Roseno, mostra-se orgulho do que pôde apresentar ao fortalezense nessa campanha que está chegando ao fim. Em conversa com o Blog do Edison Silva, o deputado estadual explica que a campanha tinha três objetivos claros: barrar o crescimento do bolsonarismo no Nordeste, apresentar um programa para a cidade e que o PSOL retorne à Câmara Municipal de Fortaleza.

Luta contra o bolsonarismo

Roseno avalia a campanha de 2020 bem diferente das demais, devido ao ano de muito sofrimento para milhares de pessoas. “Um ano muito difícil em razão da pandemia e a situação crítica do país, no ponto de vista político e social, além de uma sociedade muito polarizada”, explica.

Para ele, isso apenas reforça a necessidade de frear o crescimento do bolsonarismo na região. “A gente não pode deixar esse grupo crescer no Nordeste e chegar a postos de poder. O que eles estão fazendo no Brasil é uma destruição total e completa do mínimo que havia de proteção social, que era muito pouco”, argumentou.

Programa para a cidade

Outro objetivo da campanha, Roseno orgulha-se do programa de governo apresentado aos fortalezenses. “Eu me orgulho muito do programa que apresentei para a cidade. Sem falsa modéstia, acho que é o melhor programa dentre os que foram apresentados formalmente para a população. Se você for comparar, pegar os sites especializados, os sites de mobilidade, os sites sobre alimentação saudável, sobre saúde, sobre educação, as publicações especializadas, quando elas fazem ranking, fazem a avaliação de políticas, você terá aí uma série de reconhecimentos do nosso programa”, explicou.

Desigualdade eleitoral 

O candidato lamenta, no entanto, a desigualdade financeira das campanhas no país e faz uma comparação. “Estou fechando a campanha sem dívidas, mas com R$ 200 mil executados. Isso é 1/5 do que um vereador tradicional gasta em uma campanha, em comparativo com as campanhas majoritárias, onde as grandes gastam milhões. Obviamente, isso limita a própria amplitude e capilaridade, porque para você chegar em mais pessoas, você depende de mais investimento em internet, que é muito cara, tornando-se inclusive mais cara do que TV, hoje”, pondera.

Para ele, há que se ter uma regulação também dos gastos dos candidatos com internet. “É um debate que a gente tem que fazer. Não há limite do gasto com a internet. Enquanto a TV tem uma regulação a partir do número de deputados federais, no caso da internet o céu é o limite, o candidato pode comprar o quanto ele quiser, basta ele ter dinheiro”, lamentou.

Voltar à CMF

O terceiro objetivo da campanha, segundo Roseno, é que o PSOL retorne à Câmara Municipal de Fortaleza, onde atualmente não tem nenhum representante. Roseno mostra-se confiante em mudar essa realidade. “Eu acredito que a gente vai voltar à Câmara Municipal e vamos voltar com bancada. Eu me esforcei muito para que, quem vota em mim, votar também nos candidatos a vereador do PSOL”, explicou.