A proibição de atividades de rua, como carreatas, caminhadas e comícios, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Ceará, faltando poucos dias para o pleito eleitoral, prejudicou aqueles candidatos novatos e beneficiou os já conhecidos da população. Essa é a avaliação de alguns vereadores de Fortaleza, que apontam maior dificuldade para os postulantes iniciantes no processo eleitoral, pois precisam se apresentar à população.
A resolução do TRE proibiu atividades de rua que acarretam aglomeração e possibilitam a proliferação do novo coronavírus. Os candidatos reclamam, porém, que a decisão tenha ocorrido já no processo final das eleições, faltando 15 dias para o pleito. “Na minha avaliação isso prejudicou quem é candidato pela primeira vez, que estava precisando de tempo para fazer seu nome”, disse o vereador Didi Mangueira (PDT).
Político experiente na cidade, Didi afirmou que um pleito de 45 dias se divide em 30 dias com a divulgação do nome e propostas e os 15 dias finais de pedido de votos. Com a limitação feita pela Justiça Eleitoral, ele acredita que isso prejudicou a campanha de novatos. “Esse grupo foi prejudicado, mas a Lei é para todos”, observou.
Para o pedetista, devido o momento atípico, com o fim das coligações para disputa proporcional e o impedimento de eventos de rua, houve uma redução na previsão de renovação na composição da Câmara Municipal de Fortaleza. “A tendência é de redução da renovação porque esses candidatos de primeira campanha foram prejudicados”, disse.
Vereador com mais tempo na Câmara Municipal de Fortaleza, o vereador Carlos Mesquita (PDT), destacou que as restrições determinadas pelo TRE foram benéficas para a sua campanha, uma vez que fez com que ele utilizasse outros meios para alcançar o seu eleitorado.
“Falam em renovar, mas o que precisa agora é a população ter na cabeça gente que tenha experiência, credibilidade e que possa mudar o País. Mudaram o Planalto Central, adiantou de alguma coisa? Só se vê gente fazendo besteira”, apontou.
Mesquita também acredita que a renovação na Casa Legislativa será menor do que se previa antes da restrição determinada pelo TRE. “Essa medida beneficiou quem tem credibilidade e trabalho. Tem muita gente boa na Câmara que merece voltar. Os novatos não têm muito o que mostrar, mas vão se apresentar como esperança de alguma coisa”.
Idalmir Feitosa (PSD) também avalia como positiva a determinação do TRE. Segundo ele, o candidato vai para a rua apenas pela necessidade de se apresentar para a população, mas muitas das vezes o próprio eleitorado não respeita o processo eleitoral. “A voz do povo é muito abstrata, você pode esperar do povo sucesso e depois uma traição”, disse.
Engraçado que Carlos Mesquita, que parece querer se entronizar como vereador de Fortaleza, critica a renovação, por, segundo ele, o povo preferir candidatos com “credibilidade e experiência”. Só que o próprio Mesquita, um dia, foi novato, e o povo acreditou nele. Experiência não necessariamente implica atuação positiva parlamentar – aliás, a título de provocação, pergunto o que realmente de bom Carlos Mesquita tem feito para a população fortalezense nos últimos anos que justifique esse desejo de se eternizar na Câmara.
É preciso, sim, dar chance a gente nova. Claro que o postulante a um primeiro mandato deve ter propostas consistentes, uma história de luta e coerência ideológica e política, para passar a credibilidade necessária ao eleitor.
Eu entendo que reúno as condições para o voto consciente do fortalezense em nossa candidatura. Peço, portanto, voto em PAULINHO OLIVEIRA 13531 para vereador de Fortaleza. E que eu possa debater com Carlos Mesquita na Câmara essa questão da “experiência” que ele suscita.
Saudações petistas.