Informações da Assessoria Especial de Segurança e Inteligência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelam um aumento da violência política nas Eleições de 2020. Levantamento realizado pelo Blog do Edison Silva, no Ceará houve 5 ocorrências registradas de crimes envolvendo candidatos e pré-candidatos no pleito deste ano.
Os casos ocorreram nos municípios de Amontada, Itapajé, Caucaia, Icó e Jardim, contabilizando três atentados e dois consumados.
Conforme as informações do TSE, 83% das ocorrências de atentados e consumados no País foram registradas em municípios pequenos, com menos de 200 mil eleitores.
Como é o caso de Paulo César/PT, candidato a prefeito em Amontada, que sofreu um atentado em setembro. César acabou renunciando sua candidatura.
Outro candidato que sofreu atentando foi Tobias Pires/PDT, no município de Icó, no começo de novembro. Pires foi eleito, por média, vereador.
Também no início de novembro, dessa vez no município de Jardim, o vereador e candidato à reeleição, Péricles de Sá/PSD, sofreu atentado. Pequim, como é conhecido, não foi eleito.
Dentre os atentados consumados no Ceará está o do ex-vereador de Itapajé, Serginho da Sorte/PR (Sérgio Ricardo Rodrigues), em março.
Na Região Metropolitana de Fortaleza, em Caucaia, único município com mais de 200 mil eleitores, houve outro atentado consumado ao candidato Batista da Banca/PSB (Evangelista de Sousa Jerônimo), em outubro.
Entre janeiro e novembro deste ano, foram registrados 99 casos de homicídios tentados ou consumados. Somando-se ainda os crimes de ameaça e lesão corporal contra candidatos, obtêm-se um total de 263 registros. Foram 63 casos em oito meses – de janeiro a agosto – e 200 nos últimos dois meses, entre setembro e novembro. O dados ainda mostram que o recorde de homicídios tentados e consumados ocorreu nos dias anteriores à votação do dia 15 de novembro.
Os números foram obtidos a partir de informações do Instituto Terra de Direitos, Justiça Global, sistema Córtex, do Ministério da Justiça e Segurança Pública e ainda de notícias oriundas dos veículos de comunicação.
A linha do tempo do estudo revela que, desde 2016, houve um salto de crimes violentos na política. Naquele ano, 46 candidatos e pré-candidatos foram vítimas de atentados. Em 2018, outros 46 candidatos também foram alvo de ataques, chegando aos 263 registros em 2020.
Com informações do TSE.