Foto: Reprodução/Facebook.

Na próxima quinta-feira (12) termina a campanha pública dos candidatos a prefeito e a vereador. É o fim da propaganda eleitoral obrigatória. Não fosse as medidas drásticas, porém acauteladoras das autoridades sanitárias e da Justiça Eleitoral, em razão da pandemia do coronavírus, alguns eventos públicos ainda poderiam ser promovidos pelos candidatos até a véspera do dia da votação, o domingo próximo (15). Mas há uma sinalização muito forte da realização de um segundo turno, cujo votação acontecerá no dia 29 deste mês, para oficialmente ser conhecido o administrador da Capital cearense nos próximos quatro anos, a partir de 1º de janeiro de 2021.

Sete candidatos a prefeito de Fortaleza, como já dissemos, são apenas figurantes. E pela inexpressividade de suas votações serão totalmente esquecidos na segunda parte da disputa. A adesão deles, conjunta ou isoladamente, a qualquer dos dois candidatos que forem escolhidos para a continuidade do pleito, será meramente simbólica. Luizianne (PT), Sarto (PDT) e Wagner (PROS), apontados desde o início como os postulantes realmente competitivos (o nome de Sarto apareceu depois, pois foi o último a ser escolhido pelo partido), serão, tendo o processo o seu curso normal até domingo, os mais votados. É temeroso, agora, fazer projeção sobre qual dos três vai ficar fora do segundo turno.

Afinal, boa parte do eleitorado, só no domingo vindouro decidirá mesmo em que votar. Todas as pesquisas feitas até aqui, como não poderia deixar de ser, refletiram as manifestações dos eleitores nos momentos de suas apurações. Os fatos gerados nos últimos instantes da campanha e a reflexão simples ou profunda sobre em quem votar, formarão ou consolidarão o posicionamento de inúmeros eleitores. E como só dois podem ficar para a disputa final, o menos votado será o terceiro do pleito. Não é incomum, em disputas majoritárias, os dias que antecedem a votação, motivar o que chamam de “virada”, com um candidato surpreendendo no resultado final.

Mas o fato é que, como desde o início desta anômala disputa, por conta da pandemia que motivou o adiamento do Calendário Eleitoral, começando com os dias de votação, além das restrições legais e as precauções dos próprios postulantes com suas saúdes, três nomes mostravam mais força política, volume de campanha e simpatia do eleitorado. Isto, por estratégia própria, fizeram com eles ficassem mais contidos, evitando entreveros, embora tenham e continuem jogando algumas farpas uns nos outros, guardando forças para o segundo turno, uma eleição diferente, pois é um confronto direto entre duas forças.

E é um tempo muito curto. A propaganda eleitoral do segundo turno começa no dia 20 de novembro e vai até o dia 27, embora cada candidato tenha o mesmo espaço, ou seja cinco minutos para cada um. Como ainda estão sendo analisados, internamente, que influência tiveram ou terão as principais lideranças nacionais na campanha em Fortaleza, os programas eleitorais poderão ser, para sensibilizar ao eleitor, bem mais atraentes, a partir dos debates entre os próprios candidatos na defesa de seus projetos, além de, se conveniente for, apresentarem os pronunciamentos dos padrinhos nacionais, pretendentes ao cargo de presidente da República em 2022.

Veja o comentário do jornalista Edison Silva sobre a última semana da disputa eleitoral em Fortaleza e a possibilidade de haver segundo turno: