Wagner disse que caso seja eleito prefeito passará “pente fino” nos contratos da Prefeitura. Foto: Reprodução/Propaganda eleitoral.

Na primeira propaganda no rádio e na televisão neste segundo turno em Fortaleza, exibida nesta sexta-feira (20), o candidato do PROS, Capitão Wagner, apresentou o tom que deve ser utilizado por ele nesta nova etapa da campanha.

O postulante chegou a afirmar o orgulho que teve em participar da paralisação dos policiais militares em 2012 e fez críticas ao passado político do seu adversário, Sarto (PDT).

O republicano agradeceu aos mais de 426 mil votos recebidos no primeiro turno da campanha e insinuou que Fortaleza vem sendo comandada, há anos, por apenas uma família, em alusão ao grupo governista liderado pelos irmãos Ciro e Cid Gomes.

Wagner voltou a reclamar de ataques que sofreu da candidatura de Sarto e deve revidar agora, insinuou, nos cinco minutos que tem na programa.

“O candidato de lá tinha três vezes mais tempo de TV e utilizava esse o tempo para me ofender e ofender covardemente a candidata do PT. Mexeu, agora aguenta! Eu sou independente e quando escolho um lado é o lado daquele que mais precisa”, disse.

O postulante fez comparações entre votações na Assembleia Legislativa e Câmara Federal onde ele teria se posicionado contra matérias que iam de encontro aos interesses da população, enquanto que Sarto, segundo disse, votava de acordo com as orientações do Governo.

Sobre o motim dos policiais militares em 2012, ele apontou que a categoria passava por necessidades como carga horária de 90 horas, pagamento por equipamentos danificados e o fracasso do programa “Ronda do Quarteirão”.

Que motivação tem um policial que vive nessas condições? A paralisação foi um ato extremo. Vencemos e nossas conquistas beneficiaram a cidade. Hoje temos uma polícia equipada e melhores serviços. Ali surgiu o Capitão Wagner, com muito orgulho”, disse ele, ao mencionar que virou uma “pedra no sapato dos Ferreira Gomes”.

Sobre 2020, o candidato explicou que o movimento de paralisação foi espontâneo e sua participação visava apenas ajudar nas negociações. “Nunca incitei qualquer ato de violência, nem o governador me apontou na época. Fui elogiado na imprensa por acalmar os ânimos. O que todo mundo lembra bem é disso: o senador da República colocando retroescavadeira contra policiais, suas esposas e crianças”, afirmou, mostrando as imagens do episódio em Sobral.

Wagner disse que, em chegando à Prefeitura de Fortaleza, vai “passar o pente fino” nos contratos da Prefeitura e citou o hospital que foi instalado no Estádio Presidente Vargas (PV) como seu foco principal. “Quem desviou dinheiro vai para a cadeia”, ameaçou.