Candidato concedeu entrevista coletiva pouco antes de votar, por volta das 10 horas. Foto: Miguel Martins

O candidato a prefeito de Fortaleza, Capitão Wagner (PROS), em entrevista coletiva antes da votação do segundo turno, fez um levantamento positivo de sua campanha no pleito eleitoral deste ano. O postulante afirmou que passou quatro anos se preparando para a disputa na Capital cearense, destacando que enfrentou o poder econômico e algumas irregularidades ao longo das eleições de 2020.

No entanto, ele salientou que estava satisfeito com a equipe que montou, além da participação de sua candidata à vice-prefeita, Kamila Cardoso, neófita na política. “As últimas pesquisas demonstram nosso crescimento após o debate da última sexta-feira. O debate foi essencial para isso, porque pôde mostrar para a população a capacidade de cada um dos candidatos”, disse.

Wagner lembrou ações recentes da Polícia em Caucaia e em Fortaleza e lamentou que a corrupção ainda tenha espaço no pleito eleitoral em pleno 2020. “O irmão do prefeito de Caucaia, o procurador adjunto da cidade, vários secretários em carro lotado de dinheiro. Tivemos aqui um escândalo com R$ 2 milhões encontrados em empresa de um fornecedor da Prefeitura. Isso precisa ser mudado, e se aconteceu em Caucaia, não tenho dúvidas de que está acontecendo em Fortaleza também”, disse.

O parlamentar afirmou que ao menos 100 mil pessoas oriundas do Interior do Estado se descolaram até a Capital cearense para apoiar candidatura de Sarto (PDT). “Quem está financiando essas 100 mil pessoas que estão vindo do Interior se não o dinheiro da corrupção? Se o povo está sofrendo, tudo isso tem relação com a questão da corrupção”, acusou.

No último dia de campanha, no sábado (28), Wagner e seus correligionários percorreram a periferia de Fortaleza e afirmou ter percebido muitos eleitores em dúvida quanto ao voto, o que para ele pode definir a eleição deste domingo. “As pessoas me abordaram e falaram sobre o debate, afirmaram que o meu adversário fugiu de todas as perguntas. Isso nos deu uma energia muito grande”, afirmou.

Questionado sobre uma possível queda nas pesquisas eleitorais após apoio declarado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, o candidato afirmou que esta questão não o preocupa e destacou que é importante estar alinhado com o Governo Federal para trazer recursos para a cidade. Ele lembrou que 49% do que é investido em Fortaleza é oriundo de Brasília.

O candidato votou ao lado da esposa, Dayany Bittencourt, do senador Eduardo Girão, e da candidata à vice, Kamila Cardoso. Foto: Miguel Martins.

“Na primeira semana após eleito, vou procurar o presidente Bolsonaro e o governador para que a gente já tenha um plano não somente quanto à vacina, mas também às medidas que possamos ter para garantir a segurança sanitária da cidade”, disse.

Wagner também ressaltou que tem uma história política antes de Bolsonaro, sendo eleito pela primeira vez vereador em 2012, deputado estadual em 2014 e deputado federal em 2018, sempre obtendo a maior votação entre todos os concorrentes nestes pleitos “Quem votou ou deixou de votar por conta de apoio de Bolsonaro não estava preocupado com a cidade”, disse.

“Sem sombra de dúvida ter atenção diferenciada do Governo Federal é importante, e disso não abro mão. É importante ter o contato com os ministros, assim como alguns defendem a proximidade com o Governo do Estado. Irei ter o Palácio do Planalto e os ministérios de portas abertas. Ser inimigo do presidente não é o ideal para a cidade. Se for decisivo para a eleição, estou muito tranquilo quanto a tudo isso” – (Capitão Wagner)