O vereador de Fortaleza, Marcelo Lemos, do PSL, diz ter sido surpreendido com a decisão da Justiça Eleitoral que indeferiu seu pedido de registro de candidatura à reeleição. De acordo com o despacho em primeira instância, o parlamentar está impedido de se candidatar por ser considerado “ficha suja”, ter infringido dispositivo da Lei Complementar 64/90, conhecida como Lei da Ficha Limpa.
Outro que teve seu pedido de registro negado pela Justiça Eleitoral foi o ex-vereador “AOndeÉ”, também por conta da Lei do Ficha Limpa. No entanto, neste segundo caso, há provas contra o parlamentar, que, inclusive, chegou a ser preso em 2015 por envolvimento no esquema de “rachadinha” com assessores parlamentares.
A situação de Lemos diz respeito à sua gestão como Secretário-executivo da Regional V. De acordo com Paulo Roberto Uchoa, advogado do parlamentar, o que causou o indeferimento da candidatura do postulante foi uma falha técnica na prestação de contas, e não nota de improbidade.
“Ele foi indicado a apresentar os documentos, mas alguns estavam ilegíveis e ele foi multado em R$ 3 mil. Então, perdeu o prazo desta decisão”, disse.
Com o recurso, o postulante acredita que poderá reverter a situação no pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). De acordo com o portal Divulgacandcontas, o registro de candidatura do vereador continua indeferido.
A preocupação maior de Lemos diz respeito à perda de votos para seus pares, que neste momento, se tornam os principais adversários.
Durante sessão ordinária nesta quarta-feira (21), na Câmara Municipal, parlamentares já faziam os cálculos sobre eventuais votos que não seriam dados mais a Marcelo Lemos e a Casimiro Neto (MDB), esse anunciou, na semana passada, renúncia à tentativa de reeleição.