Luiz Fux marcou o julgamento após o ministro Celso de Mello, que era relator do caso, liberar o recurso para análise do plenário. Foto: Reprodução.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, marcou para próxima quinta-feira (08) o julgamento do recurso no qual a Advocacia-Geral da União (AGU) pede para que seja concedido ao presidente Jair Bolsonaro o direito de prestar depoimento por escrito no inquérito sobre a suposta interferência política na Polícia Federal (PF) e o crime de denunciação caluniosa por parte de Sergio Moro, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública.

Luiz Fux marcou o julgamento após o ministro Celso de Mello, que era relator do caso, liberar o recurso para análise do plenário.

Em setembro, Celso de Mello determinou que Bolsonaro preste depoimento presencial. O ministro justificou a decisão afirmando que a prerrogativa de prestar o depoimento por escrito somente pode ser concedida nos casos em que o presidente da República figure como testemunha ou vítima, mas não como investigado. Vale destacar que em maio, o depoimento de Moro foi presencial.

O advogado-geral da União, José Levi do Amaral, recorreu da decisão após a PF enviar um ofício para a AGU e pedir que fossem escolhidas as datas de 21, 22 ou 23 de setembro, às 14h, para a oitiva do presidente.

No recurso, Levi argumentou que o Supremo deve conferir tratamento isonômico a Bolsonaro, uma vez que o ex-presidente Michel Temer foi autorizado a prestar depoimento por escrito em diferentes inquéritos do qual era alvo na Corte enquanto ocupava o cargo, em 2018.

O inquérito foi aberto pelo STF no final de abril, a partir de declarações de Moro sobre a suposta interferência. Em manifestações divulgadas desde a abertura do inquérito, o presidente Jair Bolsonaro diz que não houve pedido para o então ministro interferir em investigações da PF.

Fonte: Agência Brasil.