Guilherme era entusiasta da unidade no primeiro turno, sem o PDT. Foto: CMFor.

O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), em Fortaleza, o vereador Guilherme Sampaio, lamentou que as agremiações de esquerda não tenham se unido em torno de uma candidatura com possibilidade de vitória na cidade. No entanto, o dirigente ainda acredita que essas legendas estejam alinhadas em um eventual segundo turno.

Durante as discussões em torno dos nomes que iriam compor as chapas na Capital, o petista defendeu que houvesse a união de um Frente de Esquerda, objetivando tentar impedir o crescimento de, segundo ele, forças conservadoras no País através dos grandes centros urbanos, como Fortaleza.

Ele defendeu aliança entre PSOL, PT, PCdoB, PCB, PSTU, UP e até o PSB, que acabou se alinhando com o PDT.

PCdoB, PSOL e UP, assim como o PT, lançaram candidaturas próprias. O PSTU desistiu de postular a vaga que será deixada por Roberto Cláudio, enquanto que o PCO teve solicitação de registro de candidatura indeferida, a exemplo do que ocorreu com a legenda em 2018, nas eleições gerais.

“Sempre defendi uma frente de esquerda. Isso era estratégico, principalmente, nos grandes centros urbanos das capitais. As dificuldades foram de ordem circunstancial, mas legítimas, dos partidos”, disse o dirigente.

De acordo com ele, alguns partidos consideraram que ter candidatura própria ajudaria à eleição da chapa de vereadores. Outros, de olho em 2022, acreditam que poderão ter dificuldade de atingir a cláusula de desempenho para 2022, o que inviabilizaria o acesso ao fundo partidário. Candidatos a vereador devem, também, tentar disputa à Câmara Federal nas próximas eleições gerais.

“A gente respeita, mas sempre consideramos que deveríamos nos agrupar em torno da candidatura com maior viabilidade. Isso não foi possível, mas tenho certeza que estaremos juntos no segundo turno”, defendeu Guilherme Sampaio.