Em virtude da pandemia, não haverá identificação biométrica e o horário de votação será das 7h às 18h. Foto: José Cruz/Agência Brasil.

Faltando 29 dias para as eleições de 2020, o número de eleitores bateu recorde comparado aos últimos quatro anos. No total, 147.918.483 brasileiros poderão participar das eleições.

O percentual é 2,66% superior ao de 2016. Não foram consideradas as bases de dados do Distrito Federal e de Fernando de Noronha (PE), onde não haverá pleito em novembro, além dos brasileiros residentes no exterior, que só votam nas eleições gerais.

É importante lembrar que o horário de votação mudou em virtude da pandemia de COVID-19, causada pelo novo coronavírus: será das 7h às 18h. O pleito em primeiro turno acontecerá no dia 15 de novembro e, em segundo turno, caso necessário, em 29 de novembro.

Eleitorado

A maior parte dos eleitores brasileiros é formado por mulheres cerca de 52,49% (77.649.569), já os homens totalizam 47,48% (70.228.457).

Além disso, mais de 40 mil pessoas não informaram o gênero, representando 0,03% do total. Como há dois anos é permitido o uso do nome social no título, 9.985 pessoas exercerão tal direito.

No estado do Ceará existem 6.567.760 eleitores aptos para eleições deste ano, representando cerca de 4,36% do total no País, de acordo com estatísticas do TSE no mês de setembro.

Já o estado do Amazonas houve maior crescimento de eleitores, com 7,88% (2.503.269). Por outro lado, Tocantins foi o único estado onde houve redução de 0,17% no número de votantes (1.035.289).

Imagem: TSE.

São Paulo exibe o mais robusto colégio eleitoral (33.565.294), tendo contabilizado alta em relação a 2016 acima da média nacional: 2,69%. Somente a capital paulista tem 8.986.687 pessoas aptas a votar.

Cabe ainda ressaltar que o menor eleitorado nacional está em Araguainha, em Mato Grosso: 1.001 eleitores.

Nos últimos quatro anos, houve um salto de 93,58% no número de eleitores que se autodeclararam ter algum grau de deficiência – o quantitativo subiu de 598.314 em 2016 para 1.158.234 em 2020. A Justiça Eleitoral está capacitada a dar atendimento especial a esse público.

Em relação ao grau de instrução, as estatísticas do TSE mostram que a maior parte do eleitorado diz ter ensino médio completo (37.681.635). Em seguida, 35.771.791 eleitores revelaram ter o ensino fundamental incompleto. Outros 22.900.434 fizeram o ensino médio, sem conclusão. Apenas 15.800.520 concluíram a graduação superior. Ainda no quesito educação, 6,5 milhões de eleitores são analfabetos e 11,5 milhões apenas leem e escrevem.

Neste ano, cerca de 700 mil são candidatos concorrendo a cargos em câmaras e prefeituras municipais.

Um dado curioso nas estatísticas do TSE é que, em 117 cidades, apenas um candidato disputa a prefeitura. Também chama a atenção o percentual de 37% dos municípios onde o embate ocorrerá entre duas candidaturas. Nas 2.069 cidades envolvidas, vivem 20,9 milhões de pessoas – 16,4 milhões de eleitores.

Candidaturas por partidos

O MDB, com 44.158 inscritos, é o partido com mais candidatos nas Eleições Municipais deste ano. Já PSD e PP aumentaram em mais de 30% seus números. Enquanto o primeiro inscreveu 32,4% mais filiados (eram 29.421 em 2016), o segundo elevou em 34,6% (eram 28.031 há quatro anos).

O Novo é a legenda com maior alta percentual de candidaturas e corresponde a mudança de 144 para 620 candidatos. No rol ascendente, também estão o Podemos (104,99% sobre 2016, totalizando agora 20.071 candidatos) e o PSL (crescimento de 105,8%, com 21.667 postulantes). O DEM também concorrerá com um contingente maior – subiu de 21.953 para 32.536 candidatos.

Por outro lado, a legenda com a maior redução proporcional de candidaturas foi o PCB, que passou de 243 inscritos em 2016 para 75 em 2020 (69,14% a menos). Já o DC, que em 2016 disputou a eleição como PSDC, baixou de 7.607 candidatos para 4.635 (redução de 39,07%) e, finalmente, o PV, que teve diminuição de 11.866 inscritos para 5.089.

Campanha

A campanha eleitoral teve início em 26 de setembro, e a propaganda na rádio e televisão, no dia 9 de outubro. Em virtude da pandemia, não haverá identificação biométrica nas Eleições 2020.

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral.