Luís Roberto Barroso disse que não era mais necessário submeter a matéria ao Plenário do Supremo. Foto: Ascom/STF.

Diante da licença do cargo concedida ao senador Chico Rodrigues (DEM-RR), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu os efeitos da decisão de afastamento do parlamentar.

A decisão, desta terça-feira (20), no entanto, manteve a proibição de contato com outros investigados. Nela, o ministro afirma que não é mais necessário submeter a matéria ao Plenário — o caso havia sido pautado para referendo nesta quarta-feira (21). O presidente do STF, ministro Luiz Fux, informou que vai retirar da pauta.

“A licença requerida pelo senador e deferida pelo presidente do Senado produz os efeitos da decisão por mim proferida no que se refere ao seu afastamento temporário do mandato parlamentar, já que, licenciado, o investigado não poderá se valer do cargo para dificultar as apurações e continuar a cometer eventuais delitos”, afirmou Barroso.

Chico Rodrigues foi encontrado com dinheiro em vestes íntimas durante operação de busca e apreensão nesta quarta-feira (14). A Polícia Federal mira desvio de dinheiro destinado à saúde em Roraima para o enfrentamento da epidemia de Covid-19. Caberia ao Senado decidir se mantinha ou não o afastamento determinado por Luís Roberto Barroso.

A defesa do senador afirmou, em nota, que o dinheiro encontrado na cueca se destinava “ao pagamento dos funcionários de empresa da família do senador”.

Segundo os advogados Ticiano FigueiredoPedro Ivo Velloso e Yasmin Handar, o parlamentar “está sendo linchado por ter guardado seu próprio dinheiro”.

Com informações do site ConJur e Agência Brasil.