Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Sobral, Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha, Pacajus, Horizonte e Itaitinga, receberão reforço policial. Foto: José Cruz/Agência Brasil.

Em mais de uma oportunidade, nos últimos dias, defendemos a ideia de os integrantes da Justiça Eleitoral no Ceará pedirem a ajuda das Forças Federais para reforçar o esquema de segurança feito pelos policiais cearenses, para a garantia do encerramento da campanha eleitoral em vários municípios do nosso Estado, notadamente em Fortaleza, onde, quase sempre o clima da disputa tem ficado mais acirrado, reclamando, assim, uma atenção especial para tranquilizar o eleitor.

Veja a matéria: “Direção do TRE/CE discute a segurança das eleições. É bom já pensarem em pedir ajuda das Forças Federais”.

Embora apontando os municípios de Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Sobral, Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha, Pacajus, Horizonte e Itaitinga, onde o pessoal das Forças Armadas deve atual no dia da votação, 15 de novembro, o comando da Justiça Eleitoral do Estado não descarta a possibilidade de incluir outras localidades no rol daquelas em que já se espera a radicalização da disputa, e, portanto, necessitando de reforço policial. Mas o centro da questão é mesmo Fortaleza.

Na Capital, além do acirramento da disputa entre os concorrentes e seus apoiadores, as notícias de ameaças das gangues a candidatos, ou no estabelecimento de territórios onde a campanha não pode ser feita, senão com a autorização dos criminosos, requer uma atenção redobrada do esquema de segurança, tanto para permitir que todos os postulantes tenham garantido o direito de fazer a campanha em  qualquer espaço do Município, assim como o eleitor ter a devida tranquilidade para sair da sua residência para votar em quem bem lhe aprouver.

A requisição de Forças Federais, evidente, pela complexidade que ela encerra, além do elevado custo da sua materialização, deve ter limites. Mas pela necessidade de garantir ao cidadão, eleitor ou candidato, o exercício pleno da Democracia, essas complexidades não devem servir de obstáculos. O resultado limpo da eleição é maior. Por ele, e para ele, todos os meios da estrutura do Poder Público, de maneira lícita e impessoal, deve ser utilizada.

Hoje, lamentavelmente, pelo envolvimento político-partidário de muitos policiais, militares e civis, em todos os estados brasileiros, não é recomendável que só a estrutura de segurança estadual garanta a realização do pleito.

Como é impossível uma maior participação da Polícia Federal, cujo contingente é deveras limitado, outra opção não há, afora a das Forças Armadas.

Sobre o assunto, veja o comentário que o jornalista Edison Silva fez dia 05/10 antecipando essa situação: