Atualmente o Brasil ocupa o 140º lugar no ranking de representação feminina em cargos públicos – a classificação abrange uma lista de 193 países. Nesses países, cerca de 25% desses postos são ocupados por mulheres, mas no Brasil, esse índice chega apenas a 10% desde as últimas eleições. Foto: Reprodução/TSE

Nesta terça-feira (20), às 17h30, está marcado um evento virtual, promovido por meio de parceria entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Instagram, sobre a importância da participação das mulheres em espaços de poder.

A solenidade contará com a participação da atriz Camila Pitanga, embaixadora da ONU Mulheres e protagonista da campanha do tribunal sobre mulheres na política, e terá a presença do presidente do Tribunal, ministro Luís Roberto Barroso, como mediador do debate.

Na ocasião, será lançado o Guia de Segurança do Instagram para Mulheres na Política e a campanha do TSE com Camila Pitanga, que estreia até o fim do mês. A cerimônia conta com o apoio da Comissão TSE Mulheres, formado por servidoras do tribunal para acompanhamento das ações sobre a participação feminina na Justiça Eleitoral e que coordena o site Participa Mulher.

O evento terá a presença de Natalia Paiva, Head de Políticas Públicas do Instagram para a América Latina, e Ana Carolina Lourenço, do Movimento Mulheres Negras Decidem. O objetivo do encontro é despertar maior interesse e engajamento do público feminino na vida política.

Atualmente o Brasil ocupa o 140º lugar no ranking de representação feminina em cargos públicos eletivos – a classificação abrange uma lista de 193 países. Em média, nesses países, cerca de 25% dos cargos públicos são ocupados por mulheres. No Brasil, esse índice se aproximou de 10% nas últimas eleições.

O país é destaque negativo também na América Latina: segundo estudo conduzido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pela ONU Mulheres, o país está em 9º lugar entre 11 na região. Entre os problemas identificados, está a violência política de gênero: diferentemente de outros países, ainda não temos uma legislação específica sobre esta forma de violência que, segundo a Câmara dos Deputados “pode ser caracterizada como todo e qualquer ato com o objetivo de excluir a mulher do espaço político, impedir ou restringir seu acesso ou induzi-la a tomar decisões contrárias à sua vontade”.

Guia de Segurança

Para ajudar a reverter esse quadro, o Instagram preparou o Guia de Segurança do Instagram para Mulheres na Política. O documento orienta mulheres que decidiram se candidatar ou que já ocupam um cargo eletivo a se protegerem de comportamentos de ódio e preconceito nas redes sociais. Cerca de 70% das mulheres indicam o assédio online como um grande problema; no caso dos homens, esse índice é de 54%.

Entre as dicas compartilhadas no Guia estão como restringir interações indesejadas, denunciar eventuais violações às políticas da plataforma, aplicar filtro de comentários no perfil e como agir diante de comentários abusivos. A ferramenta também traz noções de segurança online para prevenir ataques de hackers. A intenção é compartilhar as principais ferramentas que podem ser aliadas das mulheres na comunicação segura com seu eleitor.

O combate à desinformação também é abordado pelo meio, pois ele indica como acessar informações de determinada conta no Instagram, como quando a conta foi criada, e verificar a sua atividade; por exemplo, as publicações ou anúncios que impulsionou. Também orienta as usuárias a identificar e a denunciar as publicações contendo desinformação que estiverem circulando na rede.

O Guia de Segurança do Instagram para Mulheres na Política estará disponível para download a partir de hoje (20) nas páginas do programa Participa Mulher e da Central do Candidato Eleições Municipais 2020 – Brasil, no Facebook.

Com informações do Tribunal Superior Eleitoral