Roseno pediu celeridade no processo de chamamento dos 2,5 mil concursados. Foto: ALECE.

O deputado Renato Roseno (Psol) cobrou, durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (15), data na qual se comemora o Dia do Professor, a valorização dos professores, melhores condições de trabalho e liberdade de expressão para garantir avanços na educação brasileira.

O parlamentar lamentou que a precarização da educação nacional esteja fazendo com que profissionais passem por problemas de saúde, como depressão e outras enfermidades.

“Esses educadores, muitas vezes, trabalham em lugares que não valorizam seus alunos, menos ainda seus professores. Só quem está aí, trabalhando com educação, sabe como a remuneração não é satisfatória”, observou.

Renato Roseno afirmou que é preciso investir em ambientes mais democráticos para que os professores possam desenvolver um projeto de ensino político-pedagógico que visem preparar seus alunos para a vida.

“É necessário defender a educação brasileira e garantir a liberdade de pensamentos e a possibilidade de debates sobre as realidades do mundo e sua diversidade de pensamentos”, defendeu.

O deputado cobrou também, ao Governo do Estado, a convocação dos aprovados do último concurso público realizado pela Secretaria de Educação do Estado (Seduc). De acordo com o parlamentar, mais de 2,5 mil aprovados esperam ser empossados. Segundo ele, nesta quinta-feira, representantes dos aprovados reuniram-se na AL com a líder do Governo na Casa, deputada Augusta Brito (PCdoB), e com outros parlamentares. A parlamentar ficou de levar a reivindicação ao governador e à Secretaria de Educação.

“É uma demanda justa e levo o pedido da categoria ao Governo do Estado para que uma data seja definida. O governador é totalmente sensível à causa e não deixará de realizar essa convocação, assim que se iniciar o período letivo, no próximo ano”, disse a parlamentar. Ela ponderou que Camilo Santana nunca deixou de cumprir seus compromissos com o povo. “Isso, inclusive, nesse ano atípico dentro de um contexto de pandemia”, ressaltou Augusta.

O diretor do Sindicato dos Servidores Públicos das secretarias de Educação e de Cultura do Estado e Departamentos de Educação (Apeoc), Alessandro Carvalho, explicou que o grupo veio a AL pedir celeridade no processo de nomeação. “Todos sabem da necessidade que há de se convocar os professores, pois a carência existe e o concurso foi feito para supri-la. Mas no momento em que se realiza um concurso com 2.500 vagas, o mínimo dela deve ser convocado, até para minimizar a sobrecarga sobre os outros professores da rede”, observou.

“São pessoas que estão aqui na Assembleia para falar com os representantes do Governo e buscar uma saída ágil. Tem pessoas de outros estados que estão aqui, foram aprovadas e querem ensinar aqui no Ceará”, comentou Roseno.

O parlamentar apontou ainda que cerca de 11 mil professores, aproximadamente metade do corpo docente do Ceará, possuem contrato temporário com o Governo do Estado e cobrou que parte dessas vagas sejam destinadas aos concursados, não havendo, segundo ele, grandes impactos aos cofres públicos. “São profissionais, são educadores, mas temos de convir que não é razoável ter metade do corpo docente com contrato temporário, havendo 2,5 mil esperando serem convocados”, disse Renato Roseno.