Na coligação oposicionista, somente o PROS, partido de Wagner, conseguiu fechar chapa com 65 candidatos. Foto: Miguel Martins.

Candidato de oposição em Fortaleza, Capitão Wagner conseguiu atrair para seu arco de aliança nove partidos, a maioria com pouca ou nenhuma participação na Câmara Federal. Apesar disso, o grupo tem como meta eleger até 18 vereadores para a Câmara Municipal, o que seria, em tese, a base de apoio de uma eventual gestão do republicano.

Apesar do otimismo, alguns fatores podem impedir que a coligação eleja essa quantidade de parlamentares para a Casa Legislativa.

Dos partidos que apoiam Wagner, somente o PROS conseguiu fechar chapa completa, com 65 candidatos, o que deve ajudar na conquista de votos durante a campanha eleitoral.  As demais agremiações do bloco não conseguiram o feito, tendo o Democracia Cristã (DC), por exemplo, sem ter um candidato sequer.

O Avante registrou 47 postulantes, enquanto que o Republicanos apresentou 43 e o Podemos 46. PTC está na disputa com 59 postulantes, PMB com 62, PMN (56)  e PSC com 64 nomes. Ao todo, o número de candidatos da coligação que apoia Wagner chega a 442 postulantes, bem menos dos 500 que o candidato majoritário esperava colocar na disputa proporcional.

Wagner, porém, acredita que a coligação possa eleger até 18 candidatos para a Câmara Municipal, o que ainda seria minoria em uma eventual gestão do republicanos. Ele, porém, acredita que possa receber apoio de quadros de outros partidos, como PSDB e DEM por exemplo. “Eu acho que a nossa aliança de nove partidos pode eleger cerca de 18 vereadores. Temos boa relação com vereadores do DEM, do PSDB e de outros partidos. Faremos maioria sem dificuldades”, disse.

Algumas das principais apostas da coligação são: o suplente de deputado federal, Ronaldo Martins; o ex-coordenador do MBL no Ceará, Carmelo Neto, ambos do Republicanos; Priscila Costa e Robério da Cootraps do PSC; além de Cabo Sabino e Vicente Jales do Avante. No PTC, o grupo no entorno de Wagner espera eleger o ex-deputado estadual Tomaz Holanda; e no PMB o ex-vereador Wellington Saboia e Didi Maravilha. Paulo Bernardo, do PMN, é outra aposta do grupo.

No PROS, a coligação espera eleger até seis vereadores. Os três parlamentares da Casa (Sargento Reginauro, Julierme Sena e Márcio Martins) tendem a ser reeleitos. O grupo acredita poder eleger, ainda, Pedro Matos, Daniel Borges e Inspetor Alberto. Porém, o fato de a maioria dos partidos não ter fechado chapa para vereador, pode ser um fator prejudicial para os intentos do grupo que apoia Wagner em uma eleição onde é proibida a chamada coligação proporcional.