Na propaganda eleitoral, Heitor Férrer chama os fotossensores de “indústria da multa”. Foto: Reprodução.

O candidato a prefeito de Fortaleza, Capitão Wagner (PROS), utilizou a maior parte de seu programa eleitoral, na tarde desta quinta-feira (22), para responder as acusações de que ele foi um dos principais líderes do movimento paredista dos policiais militares realizado no Ceará início deste ano.

As denúncias partiram do governador Camilo Santana (PT) e foram reproduzidas em inserções no tempo de televisão da coligação encabeçada pelo candidato do PDT, Sarto.

Segundo Wagner, há dez anos ele vem lutando contra uma família que comanda a política no Estado, disse em referência ao grupo político liderado pelos irmãos Ciro e Cid Gomes. De acordo com ele, mais de 40 ações contra seus adversários foram ganhas na Justiça e os ataques contra sua imagem partiram por ele estar bem pontuado nas pesquisas de intenção de votos.

“Eles ficam desesperados. Mas eu sempre fui do diálogo. No episódio da paralisação não foi diferente”, disse Wagner, mostrando um vídeo em que ele afirma a alguns policiais militares amotinados que não foi ao encontro para “inflamar a greve, mas para solucionar o problema”.

Também apresentou matéria jornalística em que ele é apontado como “cuidadoso”, buscando evitar por mais fogo no motim, sendo “uma voz que a categoria escuta”.

“Espero que eu não precise mais gastar o meu tempo e o seu tempo com isso. Fortaleza é de todos nós”, disse Wagner antes de apresentar algumas propostas para Fortaleza.

LGBTfobia

O candidato a prefeito pelo PSOL, Renato Roseno, usou sua propaganda para condenar a LGBTfobia. Já Heitor Férrer (SD) voltou a criticar os fotossensores na cidade, que ele denominou como “caça-níquel” e “indústria da multa”.

“Vou acabar com essa indústria da multa. Fotossensor é para educar e prevenir acidentes, e não tomar seu dinheiro”. O candidato disse ainda que vai revisar a cobrança do estacionamento da Zona Azul, tornando o mecanismo gratuito nas primeiras horas de segunda à sexta-feira.

Candidato do PDT, Sarto destacou as dificuldades que assolaram a população no ano de 2020, principalmente, por conta da Covid-19. Ele voltou a citar os feitos da gestão de Roberto Cláudio. O prefeito, mais uma vez participou do programa do pedetista, afirmando que “é preciso evitar o retrocesso e inovar”. Ele lembrou que Sarto “já trabalha ao lado do governador” Camilo Santana.

Sarto prometeu implantar 18 novos postos de saúde em Fortaleza, além de duas novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 horas e duas novas policlínicas. Vai também entregar  o novo hospital Gonzaginha, já em construção.

“Vamos reduzir as filas de exames e cirurgias. O agendamento poderá ser feito sem ter que sair de casa”, disse Sarto, prometendo ainda a inclusão de ginecologistas e pediatras no Programa Saúde da Família, proposta essa semelhante a apresentada por Heitor Férrer.

Nos poucos segundos de programa, Samuel Braga (Patriota) prometeu implantar o Hospital do Idoso em Fortaleza.

Lula

Já Luizianne Lins (PT) iniciou sua propaganda eleitoral destacando que os responsáveis por divulgar noticias falsas a seu respeito poderão ser multados. A candidata prometeu aumentar o número de ônibus durante a madrugada, bem como ciclovias e ciclofaixas, além de ampliar a abrangência do Bilhete Único.

O ex-presidente Lula participou do programa de Luizianne Lins. Segundo ele, “é muito bom saber que Luizianne está em campanha com a mensagem de justiça social. Quem defende você é o PT”, lembrou.

Heitor Freire (PSL), por sua vez, mostrou a situação de algumas unidades de saúde em Fortaleza, com falta de estrutura para atender as pessoas. “Essa é uma realidade que a gente encontra por toda Fortaleza”, disse o postulante sem apresentar proposta para sanar ou diminuir a situação.