Eduardo Girão diz que a limpeza no país ainda não acabou. Foto: Reprodução/TV Senado.

Em pronunciamento nesta quarta-feira (09), o senador Eduardo Girão (Podemos) pediu que a sociedade civil se mobilize pelas redes sociais para impedir o desmonte da Operação Lava Jato. Em funcionamento há seis anos, a força-tarefa conseguiu recuperar bilhões de reais desviados e colocar na cadeia empresários e autoridades públicas, afirmou o senador.

Segundo ele, desde o ano passado, a operação vem sofrendo derrotas em ações promovidas por integrantes do Judiciário, do Congresso Nacional e da Procuradoria-Geral da República.

Girão citou como consequência dessa reação à Lava Jato a saída de Deltan Dallagnol da força-tarefa no Paraná e o pedido de demissão coletiva feito por sete procuradores ligados à operação no estado de São Paulo.

“A gente se preocupa com isso, porque a limpeza ainda não acabou. A gente sabe que tem muito mais gente para prestar contas à Justiça. Mesmo sem você sair às ruas, é importante você bradar para todos os lados, nas redes sociais”, defendeu.

Eduardo Girão também criticou o Supremo Tribunal Federal (STF), pelas constantes mudanças de entendimento da Corte em relação a temas como prisão após decisão em segunda instância. Segundo o senador, isso acontece “de acordo com o viés político do momento”.

Ele também lamentou a postura dos integrantes da Segunda Turma do STF. Composto por cinco ministros, mas desfalcado de um de seus integrantes, o colegiado, em caso de empate nas votações, tem favorecido os réus.

Isso, segundo o ministro Edson Fachin, só pode acontecer em julgamentos de pedidos de habeas corpus, disse Eduardo Girão. O correto nessa situação, disse o senador, seria aguardar a recomposição integral da Segunda Turma, de modo a evitar o empate nos julgamentos e o favorecimento dos réus.

Fonte: Agência Senado.