A proposta prevê uma equipe multidisciplinar nas áreas de Psicologia, Fonoaudióloga e Psicopedagogia. Foto: Divulgação.

Tramita na Assembleia Legislativa do Ceará o Projeto de Lei nº 244/20, de autoria do deputado Tony Brito (PROS), que cria o Programa de Identificação e Tratamento da Dislexia na rede estadual de ensino, objetivando a detecção precoce e acompanhamento dos estudantes com distúrbios cognitivos.

Segundo a redação do PL, o programa refere-se à aplicação de exame nos educandos matriculados na 1ª série do Ensino Fundamental, em alunos já matriculados na rede e em alunos de qualquer série admitidos por transferência de outras escolas que não da rede pública.

Segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), o distúrbio do desenvolvimento é considerado um transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração.

O programa deverá ainda fornecer capacitação para que educadores tenham condições de identificar os sinais da dislexia e de outros distúrbios nos alunos.

O projeto prevê uma equipe multidisciplinar responsável pelo diagnóstico, que deverá ter obrigatoriamente um profissional das áreas de Psicologia, Fonoaudióloga e Psicopedagogia.

“O Poder Público tem que ter um olhar diferenciado tanto para as pessoas portadoras de dislexia, as pessoas portadoras de necessidades especiais, do Transtorno do Espectro Autista (TEA), etc. Hoje tratamos da dislexia, e essa identificação, esse tratamento e a qualificação do profissional que já trabalha na escola, com equipe multidisciplinar é muito importante”, frisou Tony Brito ao Blog do Edison Silva.

O parlamentar afirmou trabalhar com pessoas portadoras da dislexia. “Eu tenho pessoas que trabalham comigo que têm dislexia. A gente identificou, agora vamos começar a tratar. A gente sabe que é uma necessidade especial que, com o tratamento adequado, com acompanhamento de equipe multidisciplinar, a gente vai poder mudar a realidade dessas pessoas e fazer com que elas se sintam incluídas no meio social e fazer com que possam desenvolver suas potencialidades como ser humano”, concluiu o deputado.