A professora universitária, Sarah Lima, mestra em Políticas Públicas e especialista em Direito Internacional, afirma que ainda há dificuldades para sociedade entender que as mulheres são capazes e competentes para ocupar posições de liderança.
Destacando que mesmo com o cumprimento da cota de gênero no Brasil, é perceptível o pequeno número de mulheres nos cargos de poder. ”Existe por determinação legal, a exigência de um mínimo e um máximo percentual para as candidaturas aqui no Brasil, 30% é o mínimo e 70% é o máximo para cada gênero”, lembra a professora.
Sarah admite que o poder público estipulou o mínimo de 30% para a cota de gênero, garantida no artigo 10º da Lei das Eleições, pois na prática a porcentagem é bem menor. Ela ressalta que as cotas de gênero foram criadas para trazer uma equidade no âmbito social, tendo em vista que, historicamente e socialmente, a mulher não foi incluída na esfera política da sociedade.
A professora enaltece que alguns municípios e governos estaduais realizam projetos sociais que favorecem as empreendedoras, e que houve grande desenvolvimento com as mídias sociais, fortalecido no período de pandemia pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. ”Acredito que isso possa ser mais reforçado, é uma necessidade nesse momento. As mulheres, de acordo com diversas pesquisas, são as grandes responsáveis pelo sustento dos lares, por mais que permaneça a imagem do homem como provedor”, lembrou.
Sarah diz que existem categorias de mulheres que sofrem muito mais com o preconceito e a desigualdade do que outras. As mulheres negras são as que mais passam por dificuldades no Brasil, e ainda é notória a não aceitação da sociedade das cotas que minimizem essa situação, como no caso dos concursos públicos.”É muito fácil em teoria dizer que todos somos iguais, e temos os mesmos direitos. Mas nem todas as pessoas têm as mesmas oportunidades e as mesmas condições. Então, na prática elas [mulheres negras] não vão ter todos os seus direitos efetivados”, lamenta a mestra.
Confira a entrevista que professora Sarah Lima concedeu a Letícia Caracas para o Blog do Edison Silva:
Adorei a entrevista
O enfoque da interseccionalidade vem para mostrar as diferenças de gênero,raça,classe social e orientação sexual de forma integrada.LéliaGonzales enriquece o debate sobre interseccionalidade ,fundamentando se no lugar e nas experiências da mulher afro-aamericana,chamada por ela de “amerifricana”.A socióloga apontou os limites do conceito do patriarcado ,que ñ incluí nas narrativas explicativas a questão racial como parte do sistema de opressão que coloca em lugar específico a mulher negra.” na cozinha”!
São as mulheres negras aquelas que enfrentam o ciclo da pobreza com menores condições de mudança.
As teorias feministas dá origem a diversas vertentes: o feminismo radical,o feminismo socialista,o feminismo negro e o transfeminismo.
Top a entrevista. Sucesso a todos