Este ano cerca de 1.158.405 eleitores declararam algum tipo de deficiência. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

Os canais de comunicação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante está semana estão celebrando o Dia de Luta da Pessoa com Deficiência. A busca permanente da Justiça Eleitoral (JE) pela igualdade de direitos nas eleições é visível, visando isto o Programa de Acessibilidade da JE, aprovado em 2012 por meio da Resolução TSE nº 23.381/2012, vem removendo barreiras físicas, arquitetônicas e de comunicação na hora do voto.

Após oito anos da aprovação do programa, o TSE busca constantemente melhorar os serviços de acessibilidade na votação. À vista disso, neste ano, pela primeira vez, os eleitores com deficiência visual poderão ouvir o nome do candidato após digitar o número correspondente na urna eletrônica.

Neste ano, 1.158.405 eleitores que declararam ter algum tipo de deficiência vão poder exercer com tranquilidade o direito ao voto.

O TSE no ano passado garantiu o prêmio internacional Zero Project 2019. O Tribunal foi reconhecido pelo Programa de Acessibilidade da Justiça Eleitoral, na categoria ”Melhores práticas e políticas inovadoras mundiais na área de vida independente e participação política de pessoas com deficiência”.

Depoimentos

A professora aposentada Conceição Fernandes, 62 anos, está animada com a ideia. Ela ficou cega aos 15 anos e, como eleitora, avalia as melhorias promovidas pela Justiça Eleitoral. ”Democracia é o acesso irrestrito ao voto. Como brasileira, me sinto com o dever cumprido. Sem obstáculos [na hora do voto], fica melhor e mais fácil ainda exercer minha cidadania”, conta.

Outro eleitor empolgado com as eleições é Júlio Carneiro. Com apenas 20% de audição, o jovem morador de Luziânia (GO) – a 70 quilômetros de Brasília – vai votar pela segunda vez. Para ele, a eleição é o momento mais importante do país. ”Achei que votar em 2018 seria difícil, mesmo indo com meus pais. Mas me senti acolhido. Não encontrei barreiras e foi um processo muito rápido”, avalia.

Ângelo Santos, eleitor há 26 anos, teve uma perna amputada. A condição não foi empecilho para ele rodar o mundo em busca de aventuras e desafios. Na hora do voto, porém, ele conta que nunca enfrentou nenhum obstáculo. “Na seção onde voto, a acessibilidade sempre foi muito boa. A seção não é no andar térreo, mas tem elevador e consigo chegar normalmente no local de votação”, afirma.

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral.