Líder do Governo, Esio Feitosa, conversa com Jorge Pinheiro do PSDB. Foto: Miguel Martins.

A escolha de Sarto (PDT) como candidato a prefeito da base governista norteou os debates dos vereadores na sessão desta quarta-feira (16) da Câmara Municipal de Fortaleza. Maioria dos parlamentares discutiu a força que o pedetista terá durante a campanha, com apoio da máquina administrativa e da maioria de políticos locais. No entanto, também houve quem criticasse uma suposta imposição do nome.

Vereadores do PDT subiram à tribuna para destacar o fato de Sarto ter proximidade com alguns parlamentares da Capital cearense, principalmente, pela sua ligação com o presidente da Casa, o vereador Antônio Henrique (PDT). Outros lembraram o compromisso de Sarto com as obras do prefeito Roberto Cláudio bem como com sua base de apoio.

O fato de o pedetista contar com 10 partidos em sua coligação, inclusive, alguns com as maiores bancadas na Câmara Federal, também foi colocado em questão por alguns parlamentares. Sarto tem uma aliança formada por PSD, PSB, PP, PTB, PSDB, DEM, Cidadania, PDT, Cidadania e Rede Sustentabilidade. Somente no Legislativo Municipal de Fortaleza os aliados giram em torno de mais de 30 nomes.

Os vereadores de oposição, Márcio Martins e Sargento Reginauro, ambos do PROS, subiram à tribuna para criticar uma suposta imposição do nome de Sarto, que segundo eles, foi indicação dos irmãos Ciro e Cid Gomes. Segundo disseram, o prefeito Roberto Cláudio, que teria apostado em Samuel Dias, teve que acatar a decisão vinda da cúpula governista.

O líder do Governo na Câmara, Esio Feitosa (PSB), porém, lamentou o posicionamento dos parlamentares de oposição, destacando que a dupla, ao invés de enaltecer a escolha do candidato que apoia (Capitão Wagner), prefere atacar a candidatura governista. Segundo ele, o grupo liderado por Capitão Wagner (PROS), no Ceará, não prestou qualquer serviço para a sociedade fortalezense.

Feitosa fez um breve relato sobre a ascensão política de Wagner, que segundo ele, se utilizou da corporação militar para obter ganhos políticos. O candidato a prefeito do PROS iniciou sua atuação política como suplente de deputado estadual. Em seguida, foi eleito vereador, em 2012; deputado estadual, em 2014; e deputado federal, em 2018. Em 2016, tentou se eleger prefeito de Fortaleza, mas foi derrotado por Roberto Cláudio, no segundo turno da campanha eleitoral.

Oposição

A sessão ordinária desta quarta-feira (16) na Câmara de Vereadores sinalizou como deverá ser o acirramento entre as principais candidaturas durante o pleito deste ano. O grupo oposicionista ligado ao Capitão Wagner, apesar de diminuto, tem feito muito barulho na Casa. Já os petistas, também de oposição, têm ficado cada vez mais silentes durante as plenárias, que estão ocorrendo apenas uma vez por semana.

Durante a plenária desta quarta, também foram feitas simulações de como deve ser a disputa deste ano. Para alguns vereadores, Sarto é o candidato com maior chance de estar no segundo turno da campanha. Segundo eles, Capitão Wagner, Luizianne Lins (PT) e Heitor Férrer (SD) seriam os nomes com possibilidade de também seguirem para o próximo momento da campanha, a depender da força que deverão demonstrar nas primeiras semanas do pleito.